Enquanto a candidatura de Marina Silva à Presidência segue indefinida e até o nome do ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Carlos Ayres Britto passou a ser cogitado pelos correligionários como candidato, a Rede Sustentabilidade do Rio Grande do Sul está em busca de um candidato “de fora da política” para concorrer ao governo gaúcho. A Rede também está conversando com juristas, ativistas e artistas para candidaturas ao legislativo estadual e federal.
“Ainda estamos tentando achar um nome de fora da política (para concorrer ao governo gaúcho). O estatuto da Rede aposta também nas candidaturas cívicas, independentes. Tanto que protocolei uma PEC de candidaturas independente sem filiação partidária. A Rede tem uma reserva de 30% de vagas para candidaturas ao legislativo e vamos abrir também ao executivo a possibilidade das candidaturas cívicas”, disse a VEJA o deputado federal João Derly (Rede-RS), durante o encontro estadual dos seu partido, realizado no último sábado, em Porto Alegre.
O próprio Derly é de “fora da política”. Campeão de mundial de judô, ele venceu sua primeira eleição em 2012, com 14 mil votos para vereador de Porto Alegre, então pelo PCdoB. “Fazemos políticas em todas áreas da nossa vida. A tua causa, aquilo que tu acredita pode colocar dentro da política”, defende Derly, ao criticar o monopólio dos partidos políticos no processo eleitoral. Recentemente, o advogado gaúcho Rodrigo Mezzomo denunciou o Brasil à OEA por obrigar que candidatos sejam filiados a partidos.
Se a Rede não encontrar seu “candidato de fora” ideal para concorrer ao governo do Rio Grande do Sul, atualmente sob o comando de José Ivo Sartori (PMDB), deve fazer aliança com outros partidos. “Já há conversa com outros partidos também. Estamos indo numa linha mais de centro, fugindo dos extremos tanto de esquerda quanto de direita”, explica o deputado federal.