O presidente norte-americano Donald Trump é um mitômano. Um cheater. Diz ter vencido 18 campeonatos de golfe, mas, de acordo com a investigação do jornalista Rick Reilly, Trump está comprovadamente mentindo sobre 16 deles. E não há quem confirme que ele venceu os outros dois.
Trump mente obsessivamente. É diferente da maioria dos políticos, que mentem por estratégia.
Nossa professora Joana D’Arc Félix de Sousa, Doutora pela Unicamp, parece mais obsessiva do que estratégica. Até ontem jurava ter iniciado a faculdade aos 14 anos. Mas começou aos 19. Em seu currículo Lattes constava ter feito pós-doutorado em Harvard com financiamento do Ministério da Educação. Harvard negou. O ministério negou. E hoje ela disse, para a repórter Jennifer Ann Thomas, que não concluiu o pós-doutorado. “Fui lá algumas vezes, mas tive muitas orientações à distância.”
Acabei de consultar seu CV Lattes e agora o pós-doutorado aparece como “interrompido” e não menciona financiamento governamental.
A história inspiradora de Joana é um engodo. Pior ainda é sua defesa.
Em nota publicada em sua conta no Instagram, Joana afirma ter certeza que “ainda estão achando que os negros(as) ainda tem que viver na senzala, ou seja, estão achando que os negros(as) não podem estudar, não podem ser doutores, não podem desenvolver pesquisa de ponta… Tudo isso em pleno século 21”.
É um acinte Joana atribuir as revelações do jornal O Estado de S. Paulo a uma perseguição racista. Parece obcecada pela atenção condescendente de quem só vê beleza – e não humanidade – em sua trajetória. É um insulto a todos que tentam, através dos estudos, conseguir uma vida melhor.