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Política com Ciência

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A partir do que há de mais novo na Ciência Política, este blog do professor e pesquisador da FGV-RJ analisa as principais notícias da política brasileira. Este conteúdo é exclusivo para assinantes.
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As nomeações sorrateiras de Michel Temer

Arlon Viana e Gilda Cruz devem explicações à Justiça

Por Sérgio Praça Atualizado em 4 jun 2024, 16h17 - Publicado em 8 jan 2019, 17h03
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  • Todo ex-presidente do Brasil tem direito a dois assessores pagos por nós. A Lei 7.474/1986 garante isso. Michel Temer (MDB), enroladíssimo com sete investigações, nomeou Arlon Viana Lima e Gilda Cruz Silva e Sanchez.

    Ambos foram contratados, formalmente, pela Casa Civil da Presidência da República, chefiada hoje por Onxy Lorenzoni (DEM). Onyx assinou a nomeação, mas Arlon e Gilda responderão a Gustavo Bebbiano (PSL), secretário-geral da Presidência. Têm cargos DAS-5 (Direção e Assessoramento Superior), com salário de R$ 13 mil.

    Ambos têm relações complicadas, no mínimo, com a Justiça.

    Arlon é amigo de longa data do ex-presidente Temer. Tentou ser candidato a deputado estadual em 1998, mas desistiu no meio da campanha por falta de dinheiro. Já foi também secretário, tesoureiro e presidente do (P)MDB em São Paulo. Seu nome surgiu em casos sobre as reformas feitas nas casas de parentes de Temer. A filha, Maristela, e a sogra, Norma, teriam sido beneficiadas por reparos cuja responsabilidade era de Arlon. A Polícia Federal realizou um mandato de busca e apreensão em sua casa e encontrou documentos rasgados que poderiam ter informações sobre a reforma. (Vale ler a reportagem de Mariana Sanches sobre o assessor.)

    Para a jornalista Andreia Sadi, Arlon afirmou: “Eu não me envolvi, não entreguei dinheiro. Se foi feito foi feito por lá. Não paguei nada. Estou tranquilo, deito e durmo. Toda essa movimentação que estou vendo me choca”.

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    Gilda Cruz foi, assim como Arlon, funcionária da Vice-Presidência em São Paulo antes de Temer assumir o principal cargo do país. Em 2013, Temer nomeou-a diretora da a Itapuã Investimentos e Participações, empresa encarregada de administrar parte dos bens pessoais do presidente. A Lei 8.112/1990 proíbe que servidores públicos participem de gestão de empresas privadas.

    Quando procurada pelos repórteres Sílvio Navarro e Gabriel Castro, de Veja, a assessoria de Temer afirmou se tratar de um “lapso”.

    Onyx destituiu todos as pessoas nomeadas para cargos de confiança na Casa Civil. Diz que fará um pente-fino, inclusive com entrevistas, para avaliar quem voltará ao trabalho. Arlon Viana e Gilda Cruz estão vinculados à Secretaria-Geral da Presidência, não à Casa Civil. Responderão formalmente a Bebbiano, mas trabalharão como assessores de Temer em São Paulo – e onde mais ele estiver.

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    Será que Onyx manterá os assessores suspeitos ou fará só o que chama de “despetização”? A ver.

    (Entre em contato pelo meu site pessoal, Facebook e Twitter)

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