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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

‘A Casa do Dragão’: o preço que rei Viserys paga por ser frouxo demais

Cada vez mais deteriorado, personagem de Paddy Considine mostra o que ambiente violento de 'Game of Thrones' faz com aqueles que tentam ser muito bonzinhos

Por Marcelo Canquerino 4 out 2022, 10h01

Antes de ser um assento estilizado como o público conheceu em Game of Thrones, o Trono de Ferro era imponente e ameaçador — até mesmo para seus soberanos. Forjado com fogo de dragão e espadas inimigas por Aegon, o Conquistador, a cadeira dos reis de Westeros era repleta de lâminas que podiam machucar aqueles que ousassem sentar nela. Quando ascendeu ao poder, Viserys I se cortava no trono constantemente. As feridas, que não cicatrizavam e foram responsáveis por ele ter de amputar dois dedos e um braço, só pioraram com o passar do tempo. A saúde cada vez mais debilitada do rei de A Casa do Dragão, porém, vai além dos machucados causados pelo trono — e mostram como um governante pacífico (e frouxo) é devorado de dentro para fora em um universo hostil que demanda astúcia e violência a quem ambiciona sobreviver no poder. 

Ao contrário do que se espera de um rei no centro do jogo dos tronos, Viserys sempre preferiu governar tentando agradar o máximo de pessoas. Mesmo firme na decisão de manter a filha primogênita, a princesa Rhaenyra (Emma D’Arcy), como herdeira, o soberano faz vista grossa à guerra que a escolha de uma mulher como rainha causa em Westeros e dentro de sua própria família. Seletivo, ele decide enxergar o que lhe é conveniente para evitar conflitos. Quando sua esposa, a rainha Alicent (Olivia Cooke), questiona a legitimidade dos filhos de Rhaenyra, Viserys faz uma analogia fajuta com a reprodução de cavalos para justificar o fato de as crianças – que até as pedras de Westeros sabem se tratar de bastardos – não serem parecidas com o suposto pai. 

Em entrevista ao podcast West of Westeros, Paddy Considine, ator britânico que interpreta Viserys, explicou que a constante piora do estado de saúde de seu personagem reflete uma metáfora. “Ele está realmente sofrendo de uma forma de lepra. Ele não é muito velho. Apenas, infelizmente, pegou essa coisa que tomou conta de seu corpo. Uma metáfora sobre ser rei, e o estresse e a tensão que isso coloca em você. O que isso faz com o monarca física e mentalmente.”

Diferente do irmão, Daemon (Matt Smith), que tem lá suas ambições e faz de tudo para conquistá-las, Viserys é um homem bom, o que em Westeros nem sempre é sinônimo de ser um bom rei. A cada episódio de A Casa do Dragão, o soberano fica cada vez mais deteriorado — o que mostra que o universo violento de Game of Thrones cobra um preço caro para aqueles que jogam o jogo dos tronos de forma pacata – ou ingênua – demais. 

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