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A falha de roteiro (quase) imperdoável em ‘The Last of Us’

Sexto episódio da segunda temporada da série da HBO adiantou diálogo tocante entre os protagonistas Joel (Pedro Pascal) e Ellie (Bella Ramsay)

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 19 Maio 2025, 13h40

[ATENÇÃO: ESTE TEXTO CONTÉM SPOILERS DA SÉRIE THE LAST OF US] 

A HBO exibiu na noite de domingo, 18, o sexto episódio da segunda temporada de The Last of Us, que teve o retorno do protagonista Joel (Pedro Pascal), que havia sido morto no segundo capítulo da atual fase. A produção decidiu adiantar a “cena da varanda”, em que Joel e Ellie (Bella Ramsay) têm um diálogo duro e sentimental, enquanto estão brigados — mas que abrem uma brecha para resolverem suas diferenças. A conversa aconteceu na véspera da morte do personagem, assassinado por Abby (Kaitlyn Dever), e é a cena final do jogo de PlayStation que baseia a série. Uma falha no roteiro, porém, é quase imperdoável.

O episódio explica que a razão da temporada começar com Ellie e Joel vivendo um momento conturbado de sua relação, o que parece, a princípio, se tratar apenas de rebeldia adolescente, mas mais tarde se revela originada em uma mágoa crescente na jovem. No final da primeira temporada, Joel matou todos os Vaga-Lumes para salvar Ellie de ter seu cérebro dissecado na tentativa de se desenvolver uma vacina que cure a pandemia de Cordyceps que transforma os seres humanos em zumbis canibais. Ele, porém, mentiu para a menina, dizendo que o grupo desistira de encontrar uma cura e que houve uma invasão de saqueadores que mataram todos. Com o tempo, Ellie foi tendo dúvidas sobre a história contada por Joel.

Ainda no sexto capítulo, durante a primeira patrulha de Ellie fora do complexo de Jackson em um treinamento feito por Joel, a dupla encontrou Eugene (Joe Pantoliano), marido da terapeuta Gail (Catherine O’Hara), mordido. O homem implorou para poder voltar para Jackson para se despedir de sua esposa, antes que a infecção o transformasse em zumbi. Segundo o protocolo estabelecido pela comunidade, isso não seria possível, mas a jovem, tomada pela empatia, pediu para que Joel permitisse. O protagonista prometeu que deixaria, mas acabou levando Eugene para um lago e o matando — a fim de proteger a cidade. Chegando a Jackson, Joel contou uma versão mentirosa dos fatos para Gail e acabou desmentido por Ellie, que percebeu que ele também havia mentido sobre os Vaga-Lumes.

De volta ao flashback da varanda, que aconteceu após mais uma briga dos dois durante o Ano Novo, Ellie finalmente confrontou Joel sobre o que aconteceu no hospital naquele dia e avisa que dará a última chance do personagem de ser sincero com ela, e ele o faz. O problema, porém, é que Joel confirma que a cirurgia de remoção do cérebro de Ellie seria capaz de chegar a uma cura — só que isso nunca foi uma certeza absoluta.

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No último episódio da primeira temporada, quando Marlene (Merle Dandridge) explica o procedimento para Joel, ela diz: “Nosso médico acha que o Cordyceps na Ellie cresceu com ela desde o nascimento. Ele produz um mensageiro químico. Faz o Cordyceps comum vê-la como Cordyceps. Por isso ela é imune. Ele vai tirar dela, multiplicar as células em laboratório e produzir esses mensageiros químicos. E aí vamos fornecer para todo mundo. Ele [o médico] acha que pode ser uma cura”. Ou seja, seria uma tentativa de produzir uma vacina que também poderia dar errado, e Ellie poderia ter morrido à toa. Durante o diálogo na varanda, Joel poderia ter dito isso para Ellie, de que a cura não era garantida e que ele preferiu poupar a vida da jovem que ele se apegou como se fosse filha dele.

Apesar dessa escolha dos roteiristas, o episódio aprofundou a relação complexa dos personagens e alongou o diálogo em comparação ao texto do jogo original, acrescentando frases mais emotivas, como a vocalização do amor que Joel sente por Ellie. E só por isso a adaptação já provou sua grandiosidade como produto audiovisual.

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