A incógnita nos bastidores da Record sobre funeral do papa Francisco
Cobertura da emissora de Edir Macedo se diferenciou das concorrentes

Após chamar a atenção do público com uma cobertura sucinta da morte do papa Francisco na segunda-feira, 21, a Record pretende tratar o funeral do pontífice no próximo sábado, 26, da mesma forma, conforme apurou VEJA com fontes dentro da emissora. Nos bastidores, o tom que será adotado pela emissora de Edir Macedo ainda é uma incógnita, já que qualquer orientação específica sobre a forma de abordagem do assunto só chegará ao departamento de jornalismo na manhã de sábado. Entretanto, até o momento, a ordem é de cobrir o factual, noticiar o sepultamento do líder religioso, mas sem dar aprofundamento ou destaque à despedida de Francisco.
Na segunda, a Record, que é uma propriedade da Igreja Universal, evangélica, não ignorou completamente a morte do papa. A notícia da passagem do Santo Padre foi citada nos telejornais Balanço Geral Manhã, JR 24H, Fala Brasil e Jornal da Record, além do programa matinal Hoje em Dia e no site R7. No Jornal da Record, junto com a nota da morte de Francisco foi ao ar uma matéria falando sobre os escândalos de abusos sexuais dentro da Igreja Católica.
A cobertura se diferenciou da principal concorrente, a Globo, que deu destaque para o assunto, cancelando a exibição do Globo Esporte e a reprise da novela História de Amor na faixa especial de folhetins e aumentando o tempo do telejornal Jornal Hoje. Cesar Tralli, titular do JH, inclusive, foi enviado às pressas para Roma para cobrir a semana de homenagens ao Papa, além do funeral do pontífice. A emissora da família Marinho precisou reorganizar a programação que usariam um tom festivo para comemorar os 60 anos da Globo, celebrados também no próximo sábado, 26.
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