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Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

A plataforma de streaming que desafia Netflix e HBO na festa do Emmy

Seis anos após lançar seu próprio streaming, a gigante da tecnologia Apple colhe os frutos

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 set 2025, 11h59 - Publicado em 12 set 2025, 06h00

Em março de 2019, Tim Cook, CEO da Apple, anunciou que a empresa de tecnologia que é uma titã global do mercado de dispositivos móveis com seu carro-chefe, o iPhone, lançaria um serviço de streaming próprio, o Apple TV+, em moldes parecidos com os da pioneira do mercado, a Netflix. A diferença: sua proposta era oferecer aos assinantes apenas conteúdo original. As primeiras apostas, embora bem-intencionadas e vitaminadas por orçamentos polpudos, não se mostraram lá grande coisa. Produções como o drama The Morning Show (com Jennifer Aniston e Reese Witherspoon) e a ficção científica For All Mankind se revelaram perfeitamente esquecíveis. Mas, em vez de desistir, a Apple redobrou sua aposta.

Agora, a empresa colhe os louros: em menos de seis anos, o cenário mudou e a plataforma da maçã conquistou prestígio na indústria com produções que vão da comédia ao drama com estrelas e roteiros afiados. Essa evolução se materializa com o Apple TV+ chegando ao Emmy, no domingo 14, com nove produções indicadas nas principais categorias (são 81 nomeações no total, contando áreas de atuação e técnicas). Fica atrás apenas da Netflix, que tem dezesseis nesse páreo. A Apple ainda jogou a HBO Max para o terceiro lugar — o streaming da Warner Bros. Discovery teve oito títulos reconhecidos nas categorias mais cobiçadas. Assim, a casa de séries recentes como O Estúdio se consolida como uma terceira via do streaming, após anos de uma “briga de comadres” entre Netflix e HBO Max.

Conforme as primeiras séries foram ficando aquém do esperado, tudo indicava que o Apple TV+ estava fadado a se tornar um streaming de nicho e sem grande relevância. A virada veio em 2022, com a estreia de Ruptura. A série fala de uma empresa de tecnologia que divide o cérebro de seus funcionários em duas personalidades: a da vida pessoal, que nem sabe com o que trabalha, e uma outra que só existe no ambiente corporativo. Produzida por Ben Stiller e estrelada por Adam Scott, a produção lançou neste ano a segunda temporada — elogiada, mas com custo de produção salgado: cada episódio saiu por 20 milhões de dólares. Ainda assim, trata-se de uma pechincha para os padrões da Apple — só no segundo trimestre de 2025, a empresa obteve receita de 95,4 bilhões de dólares. A série fala de um tema recorrente nas produções da plataforma, a ficção científica. E até o discreto Cook topou participar de um curioso vídeo promocional da trama.

CHEFÃO - Tim Cook, CEO da Apple: pontinha em publicidade de Ruptura
CHEFÃO - Tim Cook, CEO da Apple: pontinha em publicidade de Ruptura (./Reprodução)

Como a companhia não informa quantos usuários de fato usam o Apple TV+, é difícil mensurar a força concreta de seu serviço de streaming. Na lógica da empresa, porém, a alta aposta faz sentido: o catálogo diferenciado funciona como um plus nos serviços oferecidos ao usuário do universo do iPhone e outros produtos da marca — até hoje, quem adquire algum dispositivo da Apple, como celular ou tablet, ganha de brinde a degustação da plataforma. Por isso, a Apple não só injeta rios de dinheiro nas produções como também se dá ao luxo de investir em roteiros que outros estúdios achariam arriscados e custosos demais. Foi o caso de Assassinos da Lua das Flores (2023), filme dirigido por Martin Scorsese sobre o genocídio de indígenas americanos. Com orçamento de 200 milhões de dólares, o longa deu prejuízo nas bilheterias — mas quem disse que a empresa liga? A produção foi celebrada pela crítica e conseguiu dez indicações ao Oscar, e esse ganho de prestígio bastou.

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Produções recentes que estarão em realce no Emmy, como O Estúdio, não economizam em ousadia e ironias com o apetite para a gastança da própria Apple. Na comédia, Scorsese encara uma ponta como ele mesmo e faz piada com seu histórico perdulário ao vender um roteiro para o fictício estúdio Continental, do protagonista Matt (Seth Rogen), que compra o script só para engavetá-lo. “Devolva meu filme para eu vender para a Apple”, esbraveja o cineasta. A participação cômica fez Scorsese receber sua primeira indicação como ator ao Emmy, aos 82 anos. Algo parecido aconteceu com Harrison Ford, 83, veterano do cinema, também nomeado pela primeira vez por Falando a Real.

Recentemente, a Apple lançou outro projeto arrojado: F1 — O Filme. Estrelado por Brad Pitt e coproduzido pelo piloto Lewis Hamilton, o longa usou a tecnologia das câmeras do iPhone 15 Pro nas sequências de automobilismo — e bombou nas bilheterias. Faça bonito ou não no Emmy, a maçã já provou que vai muito além de seu famoso smartphone nas telas.

Publicado em VEJA de 12 de setembro de 2025, edição nº 2961

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