Como foi reviver o Buscapé? Não imaginava que voltaria a trabalhar com o personagem, então foi um desafio. Tive um frio na barriga e muito medo, porque o Buscapé é um personagem épico e tem um lugar só dele no meu coração.
O filme expôs a violência na favela. A série mostra isso, mas também outros aspectos. O que mudou? Não tem como falar de Cidade de Deus e de favela sem falar da violência. Mas acho que no filme faltou o ponto de vista do morador, que é explorado na série. Falamos muito mais da potência de quem está ali e da busca por mudanças.
Você teve uma carreira de altos e baixos. Como vê as oportunidades que vieram após o filme? Eu tive oportunidades, mas achei que teria muito mais. Mas sempre tive o pé no chão, mesmo entendendo que fiz um filme de extrema importância para o cinema nacional. Não vivo de glamour e não tenho medo de trabalho, seja ele qual for.
Publicado em VEJA de 16 de agosto de 2024, edição nº 2906