Após vencer o Oscar, ‘Ainda Estou Aqui’ ganha data de estreia no Globoplay
Longa dirigido por Walter Salles e estrelado por Fernanda Torres conquistou troféu de melhor filme internacional - e chega ao streaming em breve

Após a vitória de Ainda Estou Aqui na categoria de melhor filme internacional no Oscar, a Globo finalmente anunciou a data de estreia do longa, que é Original Globoplay, na plataforma de streaming da emissora. Ainda Estou Aqui chega ao Globoplay em 6 de abril — e segue em cartaz nos cinemas até dia 2 de abril.
Dirigido por Walter Salles, o filme narra o drama de Eunice Paiva, mulher de Rubens Paiva, ex-deputado que foi sequestrado e morto por agentes da ditadura militar. A produção brasileira desbancou A Garota da Agulha (Dinamarca), Emilia Pérez (França), A Semente do Fruto Sagrado (Alemanha) e Flow (Letônia). A categoria foi anunciada pela atriz espanhola Penélope Cruz.
“Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir… Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse Walter Salles no palco do Dolby Theatre.
O cineasta também citou os nomes de Tom Bernard e de Michael Baker, executivos da Sony Pictures Classic, principal produtora internacional do filme. Baseado no livro de memórias homônimo de Marcelo Rubens Paiva, um dos cinco filhos de Rubens e Eunice, a trama de Ainda Estou Aqui é bem fiel à realidade. Rubens foi de fato dirigindo o próprio carro para o depoimento do qual nunca voltou. Sua certidão de óbito só foi emitida 25 anos depois de sua morte, em 1996.
Após receber o troféu, Walter Salles falou com a imprensa em Los Angeles, e VEJA acompanhou as primeiras falas do diretor. “Demorou sete anos para chegarmos aqui. Só sabíamos que era uma história necessária no começo. Essa jornada trata de memória de uma família e de um país durante 21 anos da ditadura. Essa história é de uma mulher, que ainda está nos guiando. Não é só o filme, é Eunice nos protegendo. Ao mesmo tempo, temos Fernanda Torres e Fernanda Montenegro mostrando que resistir é importante na arte. E elas fizeram isso. Esse prêmio é para essas três mulheres”, disse Walter Salles na entrevista coletiva.
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