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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

As tiradas divertidas (e sinceronas) de Romário em série sobre o atleta

A história do jogador carioca é contada em série documental da Max que afirma que jogador não se tornou marrento: ele nasceu assim

Por Felipe Branco Cruz Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 27 Maio 2024, 11h44 - Publicado em 24 Maio 2024, 17h25

Acaba de chegar à plataforma de streaming Max a série documental Romário: O Cara, que conta a história do atacante tetracampeão mundial. A série apresenta o jogador, de 58 anos, sem filtros, comentando os vários pontos polêmicos de sua carreira, e desfaz a fama de que ele se tornou marrento durante a carreira: afinal, Romário nasceu marrento. E a prova são as divertidas (e sinceronas) declarações que o ídolo carioca dá para várias polêmicas que se meteu durante seu tempo de atleta. “Eu gosto de paz, mas funciono pra c****** na guerra”, diz o ex-atleta.

A série estreou com dois episódios de 45 minutos cada, e toda quinta-feira um novo capítulo será disponibilizado. Nesses dois primeiros, são mostrados o início da carreira de Romário no Vasco da Gama; sua ida para o PSV, da Holanda; o vice-campeonato da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos de Seul, em 1988; a vitória da seleção na Copa América de 1989; o traumático corte do jogador na Copa do Mundo de 1990, quando a Argentina eliminou o Brasil; a briga com Zagallo durante as eliminatórias da Copa de 1994; e termina com a ida do jogador para o Barcelona, na Espanha. Sem falsa modéstia, Romário afirma: “Quando nasci, papai do céu apontou o dedo para mim e disse: ‘Você é o cara'”.

A seguir destacamos três momentos para lá de polêmicos que o atleta revela na série documental:

Briga com Zagallo:

Às vésperas da Copa do Mundo de 1994, Romário se desentendeu com o técnico Carlos Alberto Parreira e também com o coordenador técnico Zagallo. O jogador desacatava as ordens dos dois e só foi convocado para a Copa por pressão da torcida. Na série, Romário descreve um entrevero que teve com Zagallo no quarto de hotel, quando o Velho Lobo teria gritado com ele. “Nem meu pai grita comigo. Se ele gritar comigo, eu mando ele tomar no c* dele”, diz Romário no documentário. O entrevistador, então, retruca. “Mas ele disse que gritou”. E Romário responde: “Mas eu estou te falando que ele não gritou”.

Lesão às vésperas da Copa de 1990

Em 1990, Romário era um dos atacantes mais bem sucedidos da Europa, quando sofreu uma lesão no pé durante um jogo do PSV, da Holanda. Levado para o hospital, Romário foi operado contra sua vontade e ficou irritado com o resultado e com os médicos do clube. Por conta própria, ele ligou para o fisioterapeuta Nilton Petrone, o Filé, pedindo que ele fosse a Holanda ajudá-lo. Chegando lá, Romário contratou um tradutor para que eles pudessem conversar com os médicos. Mais uma vez, Romário ficou puto porque o profissional não traduzia os palavrões que ele dizia. “Os caras falavam cada coisa. E eu falava, na moral: “Manda esse cara tomar no c* dele. Ele não entende p*** nenhuma. Quem vai me tratar aqui é o Filé. Mas eles nunca traduziam exatamente o que eu falava”, desabafa o jogador. Ao final, Romário se recuperou, mas o técnico Sebastião Lazaroni decidiu pelo corte do jogador levando em seu lugar o atacante Careca. O resultado foi um fiasco diante da Argentina nas oitavas de final, com um gol de Caniggia.

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Jogo do PSV na Índia

Outra situação curiosa do documentário reforça a fama de marrento do jogador e o status de celebridade que ele tinha no PSV. No fim do ano, o atleta sempre voltava para o Rio de Janeiro para passar as festas com a família e, invariavelmente, atrasava o retorno à Holanda, sempre dando uma desculpa furada. Os dirigentes do clube, no entanto, aceitavam porque Romário continuava fazendo gols como nunca. Certa vez, no fim do ano, o PSV resolveu participar de um torneio importante na Índia que traria publicidade e dinheiro ao clube. Romário, que estava curtindo as férias no Rio, não foi. No documentário, sem meias-palavras, ele conta a razão: “P****, não dava para ir para Índia, não. A Índia é longe pra c******.  Eu vou fazer o quê na Índia? Eu dei meu jeito de ficar treinando aqui, mantendo a minha forma no Rio de Janeiro, jogando meu futevôlei, jogando minhas peladas. Acabei não indo pra Índia e deu uma merda do c******”. Quando finalmente retornou à Holanda para se apresentar ao PSV, Romário foi repreendido pelo presidente do clube, mas respondeu dizendo que faria dois gols no próximo jogo. Na época, a indisciplina do atleta foi relevada, mas alguns anos depois, a situação começou a ficar insustentável porque os outros jogadores não gostavam do status de celebridade que Romário tinha no time e ele acabou sendo vendido para o Barcelona, da Espanha, onde fez muito mais gols.

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