A quarentena imposta pela pandemia do coronavírus tem mexido com os hábitos de consumo de TV do brasileiro, que, passando mais tempo em casa, aumentou o interesse por programas jornalísticos, em busca de informação de qualidade. Mas não só: movimento parecido tem sido visto entre canais leves, de entretenimento, que oferecem uma programação escapista, outra necessidade para superar um momento de crise.
Com um empurrão das operadoras, que liberaram boa parte de sua programação para não-assinantes, canais pagos viram um crescimento exponencial de sua audiência. Segundo pesquisa divulgada a VEJA pela Turner Brasil, a audiência da TV fechada cresceu 25% nas duas últimas semanas. Sendo os canais de filmes e séries aqueles que registraram maior aumento: 44%.
É o caso da já consolidada Warner, que aumentou em 18% sua audiência. Outros canais de menor expressão também ganharam espaço no radar do público, como a TNT Séries, que cresceu 30%, e o Paramount Channel, com impressionantes 83%.
O Comedy Central Brasil viu seu horário nobre – no qual centralizou maratonas sob o selo “Rir em casa é o melhor remédio” – aumentar sua audiência em 36% entre adultos de 18 a 34 anos. Sobressaem na programação do canal os programas A Culpa É do Cabral, e sua versão feminina, A Culpa É da Carlota.
A MTV cresceu 81% também entre o público adulto. Seu carro-chefe continua sendo o devasso reality De Férias com o Ex Brasil.
Já o Multishow viu seu horário nobre ganhar nova relevância com o impulso dos humorísticos Vai que Cola e Tô de Graça, que ajudaram o canal a crescer 27%.
Infantis: Com escolas fechadas e crianças em casa, os canais infantis, já poderosos na TV paga, cresceram 34%. O Cartoon Network registrou aumento de 17% em sua audiência. A Nickelodeon, 40%.
Fonte: Os dados foram divulgados pelas emissoras com base na medição feita pelo Kantar IBOPE Media.