‘Dias Perfeitos’: as duas grandes diferenças entre o livro e a série
Adaptação do livro de Raphael Montes chega ao Globoplay com trama sobre psicopata

Estudante de medicina, Téo é um rapaz introspectivo, alinhado e que passa longe de ser considerado perigoso. Mas quem lê sua mente, ou melhor, lê o livro Dias Perfeitos, de Raphael Montes, sabe que o jovem é dono de uma psique doentia. Controlador e frio, Téo exibe sinais de psicopatia e possui atitudes perigosas – a começar por seu apego a um dos corpos estudados por ele no hospital até o cerne da história: o dia em que ele sequestra Clarice, uma garota por quem diz estar apaixonado. Escolha ideal para a literatura, o ponto de vista único de Téo é desafiado pela adaptação que acaba de chegar ao Globoplay com quatro episódios nesta quinta-feira, 14 – e mais quatro divididos entre os dias 21 e 28. Criada por Claudia Jouvin, a série faz duas mudanças importantes em relação ao livro. A primeira é, justamente, o ponto de vista que será dividido entre o olhar de Téo, papel de Jaffar Bambirra, e o de Clarice, vivida por Julia Dalavia. Ao retratar os dois lados, o filme faz o contraponto necessário da experiência de cada um.
A escolha feita por Claudia ganhou o aval do autor. “Para mim, a grande dificuldade da transposição do livro para a série é o fato de se passar na mente do Téo”, disse Montes a VEJA. “O livro se chama Dias Perfeitos porque, para o Téo, aquele é um período feliz. A Claudia, então, teve a sacada genial dos dois pontos de vistas.” Outra ideia da roteirista foi abraçada pelo escritor. “Numa segunda conversa ela falou: ‘quero fazer um final diferente’. Eu disse: ‘acho ótimo’”, conta ele. Logo, os leitores da obra escrita poderão se surpreender de uma nova forma com a série.