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Disney+ entra na quarentena de Taylor Swift em documentário intimista

No filme 'folklore: The Long Pond Studio Sessions' cantora conta como foi o processo de composição do disco feito com amigos durante a pandemia

Por Amanda Capuano Atualizado em 25 nov 2020, 16h48 - Publicado em 25 nov 2020, 16h31

Em setembro de 2020, Taylor Swift, Jack Antonoff e Aaron Dessner reuniram-se em um pequeno estúdio no norte de Nova York, em uma área cercada por árvores, para tocar pela primeira vez o álbum folklore, lançado de surpresa pela cantora dois meses antes, no dia 24 de julho. O encontro foi registrado pela Disney e transformado no documentário folklore: Sessões no Long Pond Studio, disponibilizado pelo Disney+ na manhã desta quarta-feira, 25. “Eu preciso tocá-lo para perceber que é um disco real. Parece uma grande miragem”, confessa a cantora nas cenas inicias da produção, com quase duas horas de duração.

A impressão tem fundamento: feito em parceria com Antonoff, seu companheiro musical de longa data, e Dressner, membro da banda The National, o álbum foi produzido durante a quarentena — de maneira inteiramente remota e sem qualquer vestígio de normalidade. Acostumada a superproduções, a popstar gravou a voz em um estúdio improvisado dentro do quarto, em sua casa em Los Angeles, onde ficou confinada nos primeiros meses da pandemia. A gambiarra eficiente é apresentada por ela em vídeos caseiros, que servem como uma espécie de introdução ao documentário. Todo gravado dentro do estúdio, a produção divide-se entre apresentações intimistas das faixas e conversas reflexivas entre os três compositores, que antecedem cada uma das canções destrinchando seu processo criativo. Eventualmente, imagens panorâmicas do Long Pond Studio — uma casinha de madeira à beira de uma lago — dão um clima bucólico estranhamente adequado ao isolamento forçado imposto pela pandemia, que permeia também todo o álbum.

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Long Pond Studio, no norte de Nova York (Disney+/Reprodução)

Em janeiro desse ano, a cantora lançou pela Netflix o documentário Miss Americana, que mergulha nos desprazeres da fama e no despertar de Swift para o ativismo político, no qual tem se mostrado cada vez mais ativa. Se o objetivo é conhecer Taylor em seu íntimo, como uma pessoa comum, a produção da Netflix é uma escolha certeira, já que volta suas lentes para a jornada da popstar e seu dia-dia. A produção intimista do Disney+, por outro lado, é um deleite para quem aprecia Taylor como compositora: mais do que as apresentações ao vivo, as conversas entre Taylor, Antonoff e Dressner sobre a construção e cada canção é o ponto alto do filme. O disco feito em meio a uma pandemia, e agora indicado a álbum do ano no Grammy, começa de forma simbólica com a frase de abertura “Estou indo bem, trabalhando em coisas novas. Dizendo mais sim do que não” em The 1, encerrando-se com a não menos marcante The Lakes, uma balada triste sobre refugiar-se na tranquilidade de casebres isolados.

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Jack Antonoff, Aaron Dressner e Taylor Swift (Disney+/Reprodução)

A exemplo disso, no bate-papo sobre Mirrorball, composta com Antonoff, mais do que apresentar a metáfora óbvia sobre a vida de celebridades, Taylor coloca a música como uma representação do hábito humano de moldar-se aos diferentes ambientes e expectativas. “Cada um de nós tem a habilidade de ser uma espécie de metamorfo, mas o que isso causa a nós mesmos?”, reflete antes de revelar ter escrito a música logo depois de saber do cancelamento de todos os seus shows em função da pandemia. Outra canção que ganha novo significado com o documentário é This Is Me Trying, que assume ares mais sombrios assim que ela cita ter se inspirado em pessoas que lidam com vícios e problemas psicológicos. Durante Exile e Betty, ela ainda confirma os boatos de que William Bowery, creditado como co-compositor nas duas músicas, é na verdade um pseudônimo para o namorado Joe Alwyn, com quem ficou confinada durante a quarentena.

Em tempos de isolamento, em que é difícil ver para além das próprias paredes, folklore: The Long Pond Studio Sessions expõe como o período totalmente atípico em que vivemos é absorvido por artistas, e transformado em alimento para a indústria musical, além de uma forma de conforto aos amantes da música. Nas divagações de Taylor, fica ainda mais claro que folklore não é um álbum sobre a pandemia, mas sobre como nós, seres humanos, enfrentamos situações de medo e incerteza.

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