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Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Ellen Pompeo sobre atuar fora de Grey’s Anatomy: ‘É um pouco assustador’

Atriz encara um desafio comum na série Uma Família Perfeita: provar que é maior que sua consagrada personagem

Por Amanda Capuano Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 21 mar 2025, 13h25 - Publicado em 21 mar 2025, 06h00

Lá se vão duas décadas desde que, em março de 2005, Meredith Grey (Ellen Pompeo) iniciava o internato no Hospital Seattle Grace, dando largada ao drama médico Grey’s Anatomy. Atualmente em sua 21ª temporada, a trama da ABC é a série do gênero mais longeva da TV, acumula milhões de fãs e fez de sua estrela uma das atrizes mais bem pagas da indústria (estima-se que ela fature 20 milhões de dólares — isso mesmo — por temporada). Mas tanto sucesso veio com um custo: durante vinte anos, o calendário apertado de gravações e compromissos inegociáveis impediu que Pompeo se aventurasse em outros personagens. Nas últimas temporadas, porém, a atriz pediu para se afastar parcialmente da trama a fim de explorar novos projetos. Com menos tempo dedicado à série que a consagrou, ela se arrisca agora em novo papel: o da complexa Kristine Barnett de Uma Família Perfeita. Recém-lançada no Disney+, a série leva para as telas a perturbadora história real da ucraniana Natalia Grace, uma garota portadora de nanismo adotada em 2010 por uma família americana que passou a desconfiar que ela fosse uma adulta disfarçada. Ellen faz o delicado papel da mãe da menina.“Estou ansiosa para ver a reação dos meus fãs e como eles vão responder à série”, contou a atriz a VEJA (leia a entrevista abaixo).

ETERNO DOUTOR - Hugh Laurie: ator passou oito anos no ar em House
ETERNO DOUTOR - Hugh Laurie: ator passou oito anos no ar em ‘House’ (Adam Taylor/Universal/.)

Inquestionavelmente bem-sucedida, a carreira de Ellen Pompeo é a epítome de uma situação recorrente na TV: a dos atores que enriqueceram e se consolidaram em histórias que são sucesso de público e se estenderam por várias temporadas, fazendo de seus protagonistas “reféns de luxo” de um único trabalho. Isso era especialmente comum na era pré-streaming, quando o modelo de negócio da televisão aberta favorecia programas sem fim ancorados em poucos rostos famosos. Grey’s Anatomy é típico produto disso. Outros casos marcantes incluem o de Hugh Laurie, que passou oito anos como o excêntrico Dr. House e precisou trabalhar duro para se livrar do médico e se arriscar em outros terrenos após o fim da série, além do elenco de Friends — mesmo com outros papéis no currículo, suas estrelas são até hoje reconhecidas como os personagens que viveram na sitcom exibida por dez anos na rede NBC.

Hoje em dia, jornadas como essas são mais raras, mesmo em casos de séries duradouras: Millie Bobby Brown, por exemplo, interpreta Eleven, de Stranger Things, desde 2016. Mas fez diversos projetos nesse meio-tempo, já que as tramas do streaming têm menos episódios e não são gravadas de maneira linear, possibilitando maior flexibilidade aos atores.

PARA SEMPRE - 'Friends': sitcom foi bênção e maldição para suas estrelas
PARA SEMPRE - ’Friends’: sitcom foi bênção e maldição para suas estrelas (./Warner Bros)
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Ser bem pago, ter trabalho garantido e reconhecimento não é nenhum sofrimento, claro. Mas a impossibilidade de explorar facetas diversas da interpretação pode ser motivo de frustração e incerteza futura. No final das contas, o talento pessoal e a capacidade de reinvenção é que ditam se as carreiras irão além — ou não — de um grande sucesso ofuscante. Intérprete de Joey, Matt LeBlanc teve dificuldades de virar a página após Friends: envolveu-se em spin-offs e especiais da série, mas pouco além disso. Já Hugh Laurie teve performances elogiadas em séries como Veep, Avenue 5 e Tehran, que nada tinham a ver com o universo do Dr. House. Caso parecido é o de Jennifer Aniston, que estrelou diversos filmes ao se despedir de Rachel Green e hoje protagoniza a cômica The Morning Show, da Apple TV+.

O histórico do “emprego fixo” pode inclusive ajudar na hora de se arriscar, já que o reconhecimento abre portas e permite pulos mais ousados. Como o de Pompeo, que agora dá vida a uma mãe dividida entre a obsessão de ser uma heroína diante do público, o próprio ego e medos perturbadores. “Ela quis arregaçar as mangas e interpretar esse papel, que é muito diferente de tudo o que já a vimos fazer”, explica a criadora Katie Robbins. “Nós vemos na série um lado mais sombrio de Ellen. Os fãs ficarão surpresos”, complementa. O que virá daqui para a frente é difícil prever: Ellen segue em Grey’s Anatomy, mas agora tem novos horizontes. Se vai escapar da armadilha do sucesso, só o tempo vai dizer.

“Quero deixá-los orgulhosos”

Protagonista da longeva Grey’s Anatomy, Ellen Pompeo fala a VEJA sobre o desafio de encarar nova personagem na série Uma Família Perfeita.

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MARCANTE - Ellen Pompeo como Meredith Grey: médica pop
MARCANTE - Ellen Pompeo como Meredith Grey: médica pop (Anne Marie Fox/Disney)

Kristine é uma mulher bastante complexa. Como é encarar um papel tão diferente depois de tantos anos como Meredith Grey?  uma sensação maravilhosa. É um pouco assustador, mas assim que peguei o jeito foi incrível.

Você despontou como atriz na TV. Como vê as mudanças trazidas pelo streaming? Eu tenho sorte porque Grey’s Anatomy é muito bem-sucedida, mas o streaming impactou-nos, nós, atores, financeiramente. Diminuiu de forma considerável quanto um ator pode ganhar.

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Como vê o impacto desse novo trabalho na sua carreira daqui em diante? Isso eu não sei, ainda vamos descobrir. Mas estou animada pelos meus fãs, que têm sido leais a mim por todos esses anos. Trabalhei duro nesse novo personagem e na série porque não quero desapontá-los. Se vou fazer algo diferente, é melhor que seja para deixá-los orgulhosos.

Publicado em VEJA de 21 de março de 2025, edição nº 2936

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