Daniela Beyruti, uma das filhas de Silvio Santos e atual CEO do SBT, realizou o evento de divulgação do +SBT, novo serviço de streaming da emissora, nesta quinta-feira, 1º, em São Paulo. A convidados da imprensa e colegas, Daniela e outros executivos da empresa falaram da plataforma que estará disponível gratuitamente ao público a partir de 18 de agosto. O evento contou também com a presenta de Carlos Alberto de Nóbrega, que terá um documentário sobre sua vida e carreira como uma das principais produções do +SBT desde a estreia, e o primeiro episódio de Cazalbé: Herdeiro da Graça foi exibido em primeira mão. Em entrevista a VEJA, Daniela Beyruti explicou de onde partiu a iniciativa de criar seu próprio serviço de streaming e revelou que Silvio Santos ainda não conheceu a versão final do produto. “Meu pai quer ver tudo pronto”, avisou a executiva.
Durante o evento, Daniela também havia atualizado o estado de saúde de Silvio Santos, dizendo que ele estava se recuperando de um quadro grave de H1N1 em casa. Mais tarde, entretanto, foi divulgado que o apresentador foi internado novamente. De acordo com o SBT, o dono da emissora foi realizar exames de imagem e passa bem.
Confira a entrevista na íntegra:
De quem partiu a iniciativa de criar o +SBT? Não sei exatamente de quem foi a ideia, só sei que estamos conversando sobre isso há muitos anos. A Globo criou o Globoplay há uns oito anos, então, há uns cinco nós pensamos na ideia de lançar, trabalhamos na ideia, mas aí falamos com algumas pessoas de fora, e disseram que nos Estados Unidos todo mundo investiu, colocaram muito dinheiro, que era bom esperar um pouco. E a gente estava no YouTube, estávamos cobertos. Não é que o nosso conteúdo não estava na área no digital, estava, e isso deixava a gente tranquilo. Depois nós estávamos no YouTube, na Netflix, no Prime Video, mas aí fomos evoluindo essa ideia, porque é realmente um investimento altíssimo, envolve muita tecnologia também, e a tecnologia muda.
E como desenvolveram essa ideia de fazer um streaming totalmente gratuito? Vimos que criar um streaming pago do jeito que todo mundo estava fazendo requeria um investimento muito alto e que às vezes não tem o retorno desejado. E, então, veio a ideia de fazer a transmissão da TV linear, mas então fomos amadurecendo essa ideia para ela se tornar viável — e se tornou viável há dois anos, mas trabalhamos muito nisso para que se concretizasse, porque não queríamos arriscar colocar no ar algo que não funcionasse, com tantas coisas envolvidas. Fizemos o possível para que a experiência do usuário seja melhor possível, que o acesso seja perfeito, etc.
No evento você comentou que o Silvio Santos disse que queria ir para feiras comprar direitos de filmes. Quando esse projeto foi apresentado a ele, qual foi sua reação? A questão é que o meu pai é o tipo de pessoa que quer reformar uma casa, mas não vai ficar conferindo a reforma. Ele quer pronto. Então, ele sabia que isso aqui estava acontecendo, mas não os detalhes, ele quer ver quando a coisa ficar pronta, aí ele dá uma olhada. O que ele sabe sobre o +SBT é que vai ter e disse que deveria ter filmes legais, assim e assado. Mas ele ainda não chegou a ter o contato de ver pronto, porque o que ele quer é ver pronto. A pior coisa com ele é mostrar e não funcionar.
O que tem sido mais desafiador nesse período em que você está atuando como CEO do SBT? O mais desafiador para mim é reconquistar o nosso público. Eu quero voltar ao segundo lugar na TV aberta e eu vou fazer de tudo para isso. É o que está mais lento do que eu imaginava, eu quero que seja mais rápido. O que eu quero é voltar à vice-liderança, tranquila, fazer com que todo mundo esteja falando do SBT e que os nossos produtos sejam agradando.
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