Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Imagem Blog

Tela Plana

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Glória Maria, a jornalista que colecionava pioneirismos

Apresentadora morreu nesta quinta-feira, 2, e deixa legado incontestável

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 fev 2023, 12h14 - Publicado em 2 fev 2023, 09h52

Glória Maria colecionou pioneirismos ao longo de sua carreira. Na Globo desde 1971, a jornalista foi a primeira repórter negra a entrar ao vivo e em cores no Jornal Nacional, na década de 1980. Além disso, inaugurou a era da alta definição da TV brasileira em 2007, ao lado do repórter cinematográfico Lúcio Rodrigues, com uma reportagem no Fantástico sobre a festa do pequi, fruta de cor amarela adorada pelos índios Kamaiurás, no Alto Xingu. “Eu sou uma pessoa movida pela curiosidade e pelo susto. Se eu parar pra pensar racionalmente, não faço nada. Tenho que perder a racionalidade pra ir, deixar a curiosidade e o medo me levarem, que aí eu faço qualquer coisa”, disse a apresentadora em entrevista ao Memória Globo. Também foi a primeira repórter do Bom Dia Rio, telejornal carioca, há 40 anos, sobre a febre das corridas de rua.

Além de tudo, Glória também foi a primeira repórter negra da TV brasileira, abrindo portas para novas gerações, a primeira apresentadora negra do Fantástico. Tanto pioneirismo incomodou racistas. Sua presença na revista eletrônica dominical provocou a ira de telespectadores, que enviavam cartas à Globo com conteúdo racista. Sendo assim, a jornalista foi a primeira brasileira a fazer uso da Lei Afonso Arinos, que proibiu a discriminação racial no Brasil, em 1951. A lei não considerava o racismo crime, mas contravenção.

Em uma publicação feita no Instagram, em 2019, Glória Maria recordou o episódio. “Racismo é uma coisa que eu conheço, que eu vivi, desde sempre. E a gente vai aprendendo a se defender da maneira que pode. Eu tenho orgulho de ter sido a primeira pessoa no Brasil a usar a Lei Afonso Arinos, que punia o racismo, não como crime, mas como contravenção. Eu fui barrada em um hotel por um gerente que disse que negro não podia entrar, chamei a polícia, e levei esse gerente do hotel aos tribunais. Ele foi expulso do Brasil, mas ele se livrou da acusação pagando uma multa ridícula. Porque o racismo, para muita gente, não vale nada, né? Só para quem sofre”, escreveu a apresentadora.

 

Publicidade

Imagem do bloco
Continua após publicidade

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.