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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Jodie Foster a VEJA: ‘Aprendi a seguir minha intuição’

A atriz fala sobre os desafios de protagonizar a série 'True Detective' e por que acha histórias de crimes fascinantes

Por Kelly Miyashiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 09h36 - Publicado em 12 jan 2024, 06h00

Essa é a primeira vez que True Detective tem mulheres no protagonismo e na direção. Como foi essa experiência? Foi algo necessário. Conforme começamos a gravar, percebemos como a perspectiva feminina é específica e importante para lapidar as personagens e sua relação com o passado. As experiências que elas tiveram afetam suas atitudes no presente, moldam suas personalidades, e como elas são pessoas machucadas esse conjunto afeta a forma como elas lidam com o mundo exterior e como agem em suas relações interpessoais.

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É diferente da abordagem masculina de outras temporadas, certo? Acredito que sim, e isso rendeu uma experiência rica e complexa. Creio que essa magia acontece quando você infunde a psique feminina em uma narrativa que costumava ser do gênero masculino.

O que a atraiu a entrar nesse projeto? Foi um caso de amor. Tínha­mos aqui um roteiro incrível — assim que eu li quis embarcar, e conhecer a Issa me fez querer trabalhar com uma pessoa com uma visão tão clara dessa história. Acho que pela minha experiência aprendi a seguir minha intuição sobre pessoas, e saber quando dizer sim.

O frio potencializa a atmosfera assustadora da série. Vê esse fator como essencial para a narrativa? Estar nesse local frio de verdade é muito melhor do que estar em um estúdio com gente jogando neve de mentira em você. A realidade de estar congelando, no meio da natureza e no escuro, claramente passa essa sensação para a tela. E tivemos muitos indígenas do Alasca e da Groenlândia participando disso, sentimos sua história, que é central nisso tudo.

Na sua visão, por que o público é fascinado por histórias criminais, de ficção ou true crime? Porque é bom. Não é tanto sobre o gênero, mas porque é baseado na realidade de certa forma. Dentro dessas histórias, aqueles relacionamentos são verdadeiros, complexos e às vezes fáceis de se identificar: muitos podem tê-los vivido por aí. O público sente isso, é uma combinação de cinema e verdade.

Publicado em VEJA de 12 de janeiro de 2024, edição nº 2875

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