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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Mais diversa e menos fútil? O que esperar do revival de ‘Sex and The City’

Sarah Jessica Parker e suas colegas de elenco confirmaram uma nova temporada da cultuada série no HBO Max, ainda sem data de estreia definida

Por Amanda Capuano Atualizado em 9 dez 2021, 12h38 - Publicado em 11 jan 2021, 18h01

Em 1998, quando Sex and The City estreou na HBO, o prazer feminino e a vida amorosa das mulheres solteiras ainda eram um tabu na televisão. No ar até 2004, a série quebrou barreiras ao colocar quatro mulheres no protagonismo e traçar uma trama já muito familiar a personagens masculinos: transas despretensiosas, aventuras amorosas passageiras e conversas abertamente sexuais entoadas por moças independentes e donas da própria vida. Na Nova York boêmia dos anos 90, Carrie Bradshaw (Sarah Jessica Parker), Samantha Jones (Kim Cattrall), Miranda Hobbes (Cynthia Nixon) e Kristin Davis (Charlotte York) deleitaram-se na curtição sem pudores e arrebanharam uma legião de fãs admiradas com uma visão dramatúrgica até então inédita na TV, sobre mulheres e para mulheres.

Passados 27 anos, a trama que abriu portas jogando o conservadorismo para escanteio retornará para uma nova temporada, com gravações que devem começar entre abril e maio. Intitulado And Just Like That…, o revival estará disponível no HBO Max, serviço de streaming que comporta as produções da Warner Bros nos Estados Unidos (ainda não disponível no Brasil), e terá dez episódios de 30 minutos, sem data de estreia definida. A trama irá acompanhar Carrie, Miranda e Charlotte enquanto elas “navegam pela jornada da complicada realidade da vida e das amizades aos 30 anos para a ainda mais complicada realidade da vida e das amizades aos 50”, diz o anúncio da HBO. Das quatro protagonistas, apenas Kim Cattrall, a intérprete de Samantha, não reviverá o papel, e embora não haja justificativa oficial, a ausência provavelmente se deve a rixas de bastidores – em 2017, Sarah Jessica Parker declarou que o terceiro filme da franquia não sairia do papel porque Kim se recusava a voltar à produção. Parker teve apoio das outras atrizes na rede social e Kim ficou chateada por ser culpada por sua ambição de querer seguir outros projetos.

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Sem uma de suas colunas de sustentação, a produção deve usar da maturidade adquirida pelas protagonistas para adaptar-se aos novos tempos, já que a trama feminista inovadora para os anos 90 converteu-se em regra geral na televisão atual – em outras palavras, não há mais nada subversivo em mostrar mulheres de alto poder financeiro falando sobre sua lista de affairs e aventuras sexuais em 2021, ainda mais para uma geração que cresceu vendo isso inserido de maneira natural na grande maioria das produções. Nos últimos anos, aliás, a série sofreu críticas por parte do movimento feminista, justamente por pintar como “revolucionário” o mero fato de mostrar mulheres bem-sucedidas em conversas sobre sexo e homens. O ponto, aliás, já foi levantado na própria série, quando Miranda questiona as amigas na segunda temporada: “Por que quatro mulheres inteligentes não têm mais nada para falar além de namorados?”.

Apesar disso, a produção não foi vítima (ainda) da dita cultura do cancelamento – em vez disso, os fãs assumiram o guilty pleasure e hoje utilizam a produção como mote de piadas nas redes. No Instagram, o perfil @everyoutfitonsatc, deu origem à hashtag #WokeCharlotte (acorda, Charlotte), em que os usuários compartilham frases agora tidas como “politicamente incorretas” ditas na série e brincam adicionando “correções” atualizadas.

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Questionada em 2019 sobre o que mudaria em Sex and The City se a produção fosse feita nos dias de hoje, Cynthia Nixon – que chegou a concorrer ao governo de Nova York em 2018 – comentou sobre a falta de diversidade do elenco e enfatizou que, embora considere a série feminista, ela também carece de pontos que não eram discutidos na época, e que aparecem em alta hoje em dia, como recortes de classe e etnia. “Era uma bolha de mulheres brancas e ricas lutando pelo empoderamento. Uma das coisas mais difíceis para mim é ver o o quanto era centrado no dinheiro e como Steve, meu marido, era o mais perto que tínhamos de um trabalhador, sabe? Mulheres trabalhadoras não importavam muito, certo?”, declarou em entrevista ao Indiewire. Mais detalhes sobre a trama seguem em segredo até o momento.

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