O momento de maior vergonha-alheia de Meghan Markle em reality desastroso

A ex-atriz Meghan Markle, atual Duquesa de Sussex, busca caminhos para se manter na atenção pública desde que deixou a realeza ao lado do marido, Príncipe Harry, em 2020. No período, o casal fundou a própria produtora audiovisual, a Archewell, firmou contratos multimilionários com plataformas como Spotify e Netflix e concedeu entrevistas chamativas — Harry, por sua vez, até mesmo escreveu mais de 500 páginas da autobiografia O Que Sobra. Nada, porém, tem funcionado para estabelecer a credibilidade de Markle, muito menos o novo programa culinário que lançou na Netflix em 5 de março, Com Amor, Meghan. Em um espetáculo de conteúdo parco, a figura pública tenta promover o próprio estilo de vida como uma opção modesta, pacífica e reconfortante para os espectadores, mas apenas evidencia falta de carisma e tato para a posição.

Um momento em particular expõe o desconforto por trás do cenário neutro e do sorriso largo. Enquanto discutem o amor da duquesa por fast food e tranqueiras americanas, a convidada Mindy Kailing a chama pelo nome completo e é prontamente corrigida. “Você sabe que sou Sussex agora”, diz à suposta amiga. “Depois de ter filhos, pensei ‘tenho que compartilhar o sobrenome deles’. Não sabia o quão significativo isso seria para mim, mas importa muito saber que esse é o nome de nossa família”. Enquanto Meghan faz uma cara de desconforto nada nobre, o climão se instala com algumas pausas entre ambas, e se encerra quando Kailing diz: “Agora sei e adorei”. O momento chamou muito mais atenção nas redes do que qualquer receita ou arranjo floral preparado pela duquesa. 

Apesar dos títulos duque e duquesa de Sussex, Harry tem o sobrenome “Charles Albert David”, enquanto os nomes completos dos filhos do casal são Archie Harrison Mountbatten-Windsor e Lilibet Diana Mountbatten-Windsor. Mesmo assim, a revista People já havia reportado em fevereiro que o quarteto havia adotado “Sussex” como nova alcunha familiar, e o site oficial da realeza os lista apenas com seus primeiros nomes ao lado do título “de Sussex”. O nome de Meghan nos créditos da série, porém, não condiz aos padrões da instituição britânica: segundo ela, o nome deve ser sempre escrito com o artigo “a”, antes de “Duquesa”, o que a diagramação omite.

Mesmo que frívola, a confusão é suficiente para deixar clara a incoerência do casal, que mantém relação de idas e vindas com seus familiares ainda atrelados à realeza. Mais que isso, impede que Meghan seja vista como apenas uma apresentadora comum ou uma dona de casa real, em vez de parte de uma monarquia datada e alheia ao cotidiano dos civis. O desastre resultou em ampla rejeição da crítica. No site Rotten Tomatoes, a opinião consensual é de que o programa é “estéril” e “amarrado em plástico bolha”. Mesmo assim, a atenção — e o contrato de 100 milhões entre a Archewell e Netflix — foi bastante para que uma segunda temporada já tenha sido confirmada. 

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