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O que a futurista ‘Raised by Wolves’ ensina sobre ciência e fé

Produzida por Ridley Scott, a série chega à segunda temporada tratando de questões como fanatismo e intolerância

Por Amanda Capuano Atualizado em 4 jun 2024, 12h43 - Publicado em 6 fev 2022, 08h00
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  • FUTURO OPRESSIVO - A Mãe (Amanda Collin, ao centro) e suas crianças: dilemas existenciais com embalagem pop -
    FUTURO OPRESSIVO - A Mãe (Amanda Collin, ao centro) e suas crianças: dilemas existenciais com embalagem pop - (Scott Free/HBO Max/.)

    Depois da destruição da Terra por uma guerra, um casal de androides é enviado para outro planeta carregando uma dúzia de embriões humanos. A missão dos robôs denominados simplesmente de Pai (Abubakar Salim) e Mãe (Amanda Collin) é criar as crianças segundo os valores de quem os programou. Conforme os episódios avançam, no entanto, o verniz tecnológico e o cenário inóspito revelam-se artefatos para a série Raised by Wolves investigar um dos conflitos mais antigos da humanidade: a contraposição entre ciência e religião. Na segunda temporada, que acaba de chegar à HBO Max, a série produzida por Ridley Scott aprofunda um debate que vem a calhar nos dias atuais — sua intenção é, sim, funcionar como alegoria do negacionismo contemporâneo. “Um dos aspectos mais importantes da ficção científica é que ela é maleável. Isso nos permite extrapolar problemáticas da humanidade para outros universos”, disse a VEJA o criador da trama, Aaron Guzikowski.

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    De fato, falar de uma questão tão ancestral quanto a fé por meio de vislumbres futuristas é um dos grandes temas da ficção científica desde sempre. E há o dedo de um craque nessa matéria em Raised by Wolves — ainda que envolvido apenas em sua supervisão, Ridley Scott confere à saga intergaláctica os tons existencialistas de filmes como Blade Runner (1982) e Prometheus (2012). O alvo óbvio da série é o fundamentalismo religioso, visto como ameaça opressiva que persiste mesmo quando a tecnologia permite ao homem brincar de Deus. Mas Raised by Wolves também alveja outra forma de fundamentalismo: aquele que faz da defesa do ateísmo uma fonte de intolerância que só alimenta o radicalismo do lado oposto.

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    A série aborda esses dilemas filosóficos com embalagem pop: referências que vão da Bíblia à Roma Antiga mesclam-se em um cenário de outro mundo onde, espantosamente, crescem plantas como baobás e babosas. Tecnológicos até o último fio de cabelo, os mitraicos, grupo de devotos que compartilha o nome de um culto romano, desenvolveram os androides como armas de destruição para expurgar os “hereges” da Terra. Alguns androides, porém, acabaram nas mãos de ateus, que os reprogramaram para que servissem à ciência. Quando os humanos são forçados a deixar a Terra, Pai e Mãe são enviados por um cientista ao planeta Kepler-22B, e entram em choque com os mitraicos, deflagrando a luta pela mente das crianças que salvarão a humanidade. Realmente, é preciso ter fé no futuro.

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    Publicado em VEJA de 9 de fevereiro de 2022, edição nº 2775

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