O único vilão totalmente odiado em ‘Beleza Fatal’ — e não é a Lola

Com novos episódios lançados nesta segunda-feira, 24, o hit nacional Beleza Fatal, da MAX, tem não apenas um vilão, mas um clã inteiro de ricaços sem escrúpulos destruindo a vida de famílias inteiras para se dar bem. Apesar disso, a maioria deles tem uma dose irresistível de carisma, e são tão amados quanto odiados pelo público. Há, no entanto, uma exceção: o médico Rog  (Marcelo Serrado), cuja vilania desperta raiva sem os contrapontos positivos.

Isso porque ele foge ao tom de personagens como Lola (Camila Pitanga) e Benjamin (Caio Blat), que são tão inescrupulosos quanto Rog– mas divertidos. Caricata no bom sentido, Lolla personaliza o espírito da vilã que é capaz de explodir a própria pessoa amada, mas não sem antes se esbaldar em sexo com a vítima. Com um quê de Carminha e Nazaré Tedesco, a personagem arranca risadas com xingamentos absurdos e um misto de personalidade suburbana e milionária. Resultado: seus bordões já estão na boca do povo. Marido da alpinista social, o Benjamin de Caio Blat é um médico mimado e incompetente, mas as cenas ao lado da vilã e as tentativas frustradas de agradar o pai também entretêm o público, mesmo que para ver sua humilhação. Até mesmo Átila Argento (Herson Capri), o patriarca milionário que enterra a sujeira da família comprando todo mundo arrebanhou certa dose de empatia com sua vida secreta.

Rog, no entanto, é só cruel: casado com Gisela (Julia Stockler), o cirurgião assedia todas as mulheres que consegue e escolheu lançar Rebeca (Fernanda Marques) na sarjeta para morrer. Agora, vive para destruir a autoestima de uma das personagens mais queridas do público, e se esbalda à medida que a saúde mental e física de Gisela definha. O médico, inclusive, parece sentir prazer em ver o sofrimento da própria esposa, e não se dá por satisfeito até vê-la surtar. O maior incômodo, inclusive, surge do fato de que Rog parece ser o vilão mais próximo da realidade em Beleza Fatal — afinal, maridos abusivos, infelizmente, existem aos montes fora da ficção. Apesar de tanta monstruosidade, Marcelo Serrado faz um bom trabalho, e convence na pele do crápula.

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