Substituta de Fátima Bernardes à frente do Encontro na Globo, Patrícia Poeta tem muita dificuldade em conquistar o público das manhãs da emissora, principalmente por não conseguir acertar o tom da apresentação e pela falta de sintonia com Manoel Soares, coapresentador da atração que tem angariado mais simpatia do público. Em dois meses no comando do programa, a jornalista acumula inúmeras críticas nas redes sociais e enfrenta o julgamento diário de telespectadores atentos às mais milimétricas escorregadas.
É visível o esforço de Patrícia em se adaptar a um programa que não fora desenhado para ela e, sim, para Fátima. A falta de interesse da Globo em criar um formato destinado à nova titular demonstra uma leve carência de prestígio, como se fosse uma espécie de “geladeira” mascarada. A escalação de Manoel Soares também não contribui para alavancar a simpatia do público por Patrícia, visto que o apresentador revela mais jogo de cintura no ar, e não raro corrige os deslizes da titular do programa.
Nesta segunda-feira, 5, a apresentadora ordenou abruptamente que uma convidada da plateia retirasse a máscara para entrar no palco. Soares precisou intervir delicadamente para explicar que a entrevistada havia sido testada contra Covid-19 e, por isso, poderia ficar sem a proteção. O modo imperativo de Poeta ao falar com a convidada transpareceu falta de tato, e o parceiro em cena contornou a situação constrangedora com classe.
Rumores de que o clima nos bastidores do Encontro estaria insustentável levaram à especulação de que Soares teria pedido para sair do matinal. Mas o apresentador negou veementemente a história em seu perfil no Twitter. Resta entender até quando a Globo vai assistir a esse quadro de desencontros sem intervir.