‘Pantanal’: a mega-estrutura por trás das cenas selvagens da novela
Filmagens da novela no Mato Grosso do Sul envolveram 6 fazendas, toneladas de equipamentos e mais de 150 pessoas

No dia 27 de março, o remake da novela Pantanal estreia na Globo, 32 anos depois que o primeiro episódio da trama original foi ao ar. Para colocar a nova versão de pé, a emissora preparou uma grande estrutura no Mato Grosso do Sul, onde foram gravadas as cenas que se passam no bioma pantaneiro. No total, seis fazendas auxiliaram na produção, três como locação e as demais para comportar material e cerca de 150 pessoas entre equipe e elenco.
Entre as propriedades de apoio está a fazenda de Almir Sater, também usada na versão original da novela, e comprada por ele logo depois que as gravações se encerraram. As demais locações ficam nos arredores da fazenda, na região remota de Nhecolândia. Predominantemente rural, o local está a cerca de quatro horas da cidade mais próxima, Aquidauana. Ao redor, há somente fazendas pontuais e a natureza, um elemento essencial da trama.



*** Local Caption *** Cap 39 – Cena 8 – (João Miguel Júnior/TV Globo)
Gravar uma novela em um lugar tão remoto, porém, não é tarefa fácil. Para transportar todo o maquinário, a equipe usou doze caminhões que suportam até 12 toneladas cada. “Os veículos estavam bem cheios, então estimamos que tenham sido cerca de 144 toneladas de material. Tivemos que fazer o transbordo para caminhões 4×4 para levar para dentro do Pantanal. Para cada caminhão baú, usávamos em média três ou quatro caminhões 4×4”, explica a gerente de produção Luciana Monteiro. Outra questão que exigiu esforço foi garantir combustível para geradores e barcos, já que eles tiveram de ser estocados na região para evitar interrupções e viagens desnecessárias.


Toda essa movimentação foi primordial para gravar “apenas” de 30% a 40% da obra. Mesmo assim, a maior parte do tempo de gravação será consumida no Pantanal. No Rio de Janeiro, optou-se por não montar uma cidade cenográfica. Assim, ficam nos Estúdios Globo apenas os cenários fixos, como o interior da casa de José Leôncio, a tapera da família Marruá e o galpão dos peões, além de outras áreas internas.
Um fato curioso é que a equipe encomendou com um artesão uma sucuri de quatro metros de comprimento, que servirá de dublê para cobras de verdade. Como o objeto foi feito de material maleável e a região é muito quente, a cobra de mentira ressecaria ao ar livre, o que levou a equipe a construir uma “casinha” de madeira só para ela. Para as gravações, a dublê artificial é deslocada de uma fazenda a outra em um carro específico, com uma caçamba e um rack sob medida. As imagens bonitas na tela dão um trabalhão.