O apresentador da Globo Luciano Huck foi até a Ucrânia para entrevistar Volodymyr Zelensky, presidente do país que está em guerra com a Rússia, liderada por Vladimir Putin. O motivo da viagem peculiar foi para gravar um documentário para o Globoplay em que o titular do Domingão com Huck quer investigar sua ancestralidade, já que três de seus avós são ucranianos.
De acordo com o marido de Angélica, hospedado na capital, Kiev, ele teve que se abrigar em um abrigo subterrâneo antibomba para se proteger de um ataque russo em plena madrugada, após sirenes, alertas e alto-falantes do hotel que estava hospedado avisarem sobre a ofensiva. Por causa do medo, o apresentador passou a noite em claro, enquanto 127 mísseis e 109 drones russos bombardeavam infraestruturas da Ucrânia — na noite anterior de sua entrevista marcada com Zelensky, que manteve a agenda, apesar do bombardeio.
Ainda sem previsão de estreia, o documentário do Globoplay, que também não tem título oficial, falará da guerra e abordará questões familiares, saúde mental, a carreira de Zelensky como comediante de TV até se tornar presidente do país Ucrânia, seu judaísmo, entre outros assuntos.
Em um artigo publicado no O Globo, Huck compartilhou parte da entrevista com Zelensky, citando a neutralidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sobre o conflito. “O Brasil se nega a tomar partido abertamente na guerra, alegando neutralidade. O presidente Lula disse recentemente que ‘não há razão para procurar culpado na guerra’. O que o senhor acha disso?”, questionou o apresentador.
“Isso é apenas retórica política. Não é uma fala honesta. Não é honesta nem conosco nem com o povo brasileiro. Porque todo mundo sabe quem iniciou essa guerra. A equipe dele trouxe uma resolução para nós, antes do do ‘encontro pela paz’ que organizamos, mas o Brasil não quis vir, o presidente Lula não quis vir. Foi uma pena. Eu me reuni com o time dele algumas vezes, mas até agora eles não se uniram a nós na busca de uma solução. Por outro lado, eles se somaram ao plano chinês. O primeiro-ministro Modi, da Índia, esteve aqui há dois dias e me perguntou: qual seu pensamento sobre o plano chinês? E eu disse que não é um plano. É apenas uma declaração política, só para dizerem que não estão alheios à guerra —mas é apenas algo no papel. Eu entendo apenas propostas concretas e honestas. Eu falo pelas nossas vítimas, pelos nossos mortos. Então, se você quer nos ajudar a parar a guerra, ou nos ajudar a fazer com que o Putin pare com a guerra, nós temos que nos unir”, respondeu o ucraniano.
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