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Críticas e análises sobre o universo da televisão e das plataformas de streaming

Por que moradores das Ilhas Canárias detestaram ‘Inferno em La Palma’

Minissérie que virou hit da Netflix retrata catástrofe que assombra região — e até o Brasil

Por Raquel Carneiro Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 16 dez 2024, 16h18

O casal norueguês Fredrik (Anders Baasmo Christiansen) e Jennifer (Ingrid Bolsø Berdal) estão acostumados a passar todas as férias de fim de ano na paradisíaca La Palma, parte do arquipélago das Ilhas Canárias, ao sul da Espanha. A paz, contudo, é interrompida por uma erupção do vulcão Cumbre Vieja, que desperta um antigo medo: se a atividade sísmica causar uma enorme rachadura na montanha, parte dela vai se deslocar para o mar, o que pode causar um tsunami sem precedentes — o qual destruiria a região e atingiria a costa de boa parte dos países voltados para o Atlântico, entre eles o Brasil. A trama da minissérie em quatro episódios Inferno em La Palma, novidade da Netflix, logo arrebentou em audiência — derrubando por aqui a nacional Senna do topo dos mais vistos da plataforma.

A trama fictícia é baseada numa antiga teoria, que já foi descartada por diversos especialistas. Esse é um dos argumentos usados pelo jornal local La Voz de La Palma, que espinafrou a série da Netflix, dizendo que a trama é fraca, sem base científica e ofensiva com os moradores da região. “A plataforma Netflix lançou sua minissérie intitulada La Palma, focada na teoria de que haverá um grande tsunami quando a ilha se dividir em duas, causando ondas enormes que vão produzir uma catástrofe global”, diz uma parte do texto assinado pelo colunista Luís Leão Barreto. Segundo ele, essa teoria foi “desacreditada por numerosos especialistas” desde que surgiu, há mais de vinte anos. “Mas a produção norueguesa da minissérie insiste no catastrofismo, e presta um péssimo serviço à ilha”, continua o texto. Reações parecidas aconteceram nas redes sociais.

 

O autor do texto ressalta que a população local é retratada como incapaz — caso de profissionais do hotel onde a família protagonista está hospedada. E que os colegas noruegueses escolheram La Palma para ambientar uma trama que mescla a destruição de Pompeia com a erupção de Stromboli, na Sicília. O receio do veículo, porém, é que a trama da Netflix  assuste futuros turistas. “Felizmente, os visitantes continuarão a regressar à ilha à medida que a entrada aérea for restabelecida”, afirmou o texto, já que nesta semana os aeroportos das Ilhas Canárias estão passando por cancelamentos e mudanças de tráfego aéreo por causa de uma forte ventania que atinge o local.

A última vez que o vulcão Tajogaite, apelidado de Cumbre Vieja, entrou em erupção foi em 2021, e causou uma ampla destruição na ilha, que ainda se recupera dos danos físicos e de imagem. Segundo dados da Secretaria de Turismo da La Palma, 2024 foi o primeiro ano a alcançar o número de turistas de 2019, antes da pandemia e da trágica erupção. Para além das polêmicas, Inferno em La Palma é uma boa opção para quem gosta de uma trama de ficção científica e catástrofe — gênero no qual Hollywood surfa com maestria, e que agora os noruegueses mostram serem capazes de explorar, apesar dos pesares.

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