No ar em The Rookie, série do Universal TV que já está em sua sexta temporada, Nathan Fillion falou a VEJA sobre os desafios de interpretar o policial John Nolan, um homem de meia-idade que decide virar patrulheiro da polícia de Los Angeles, há tanto tempo, além de comentar sobre o papel de Lanterna Verde no novo filme do Superman, previsto para 2025.
Um dos galãs de séries americanas, Fillion também fez fama com a série Castle, exibida entre 2009 e 2016, em que também viveu um protagonista, Richard Castle. Agora, aos 53 anos, o ator também refletiu sobre a definição de galã.
Confira a entrevista completa:
Depois de tantos anos interpretando John Nolan em The Rookie, o que parece diferente agora nesta nova temporada? Acho que no começo o Nolan tinha muito mais o que aprender, mais oportunidades para fracassar também, no início, mas principalmente para amadurecer. Agora, acredito que Nolan tem muito mais experiência. Ele realmente tem uma ideia do que é a coisa certa a fazer e acho que agora ele está absorvendo a mudança, porque é a vez dele de passar seu conhecimento e suas ideias como oficial de treinamento para seus novatos.
É seguro dizer que o personagem não é mais um novato. O que diria que motiva o Nolan agora? Acho que John era um homem movido pela responsabilidade. Ele teve um filho cedo e colocou todos os seus planos em espera para poder sustentar uma família. Mas uma vez que filho estava criado e fora de casa, ele não tinha mais que fazer o papel de pai, se divorciou e tinha mais o papel de marido. Assim, suas responsabilidades para com todos os outros terminaram e ele pôde fazer escolhas para ele mesmo. Daria para dizer que já era tarde na vida, para ele poder realmente começar a fazer escolhas para beneficiar a si próprio, mas ele conseguiu, se tornou um policial após os 40 anos, apenas para se sentir realizado.
Na primeira temporada, o capitão da polícia tinha relutância porque achava que o Nolan estava passando por uma crise de meia-idade quando decidiu entrar na corporação. Já passou por uma crise parecida na sua vida pessoal? Minha experiência pessoal é que quanto mais longe eu vou nesta carreira que escolhi — e ela tem sido tão gentil comigo — melhor eu fico. Eu sinto que ainda não atingi aquele precipício onde depois de um tempo começa a cair. Tenho certeza que isso vai acontecer um dia, mas eu vou trabalhar todos os dias, ainda tenho muito o que aprender, toda experiência me ensina a ser melhor no que faço, tanto profissionalmente quanto pessoalmente, acho que estou no ponto de um bom vinho, mas estou de olho em quando vou começar a virar vinagre.
Agora, aos 53 anos, sente pressão para manter a forma de galã na indústria? Não. Mas não olhe muito perto, ainda bem que o preto emagrece na TV, agradeço pelo figurino de policial ser preto. Eu não sou muito atlético, se essa é a sua pergunta, e ir trabalhar todos os dias, onde preciso correr para perseguir criminosos tomada após tomada após tomada, isso realmente prejudica meus joelhos, mas é importante para mim permanecer saudável. Eu quero permanecer saudável. Não estou em condições de ter o abdômen tanquinho de galãs que tirar fotos sem camisa. Eu não sou esse cara, infelizmente, preciso me apoiar no talento.
Seu próximo novo papel é o Lanterna Verde no Universo da DC. É mais difícil viver um super-herói ou um policial de Los Angeles? Com certeza o Lanterna Verde, porque ele usa uma peruca, que é terrivelmente desconfortável, além fantasia de motociclista que precisa de uma equipe de pessoas para vestir e impede até de ir ao banheiro sozinho, porque precisa dessas pessoas para tirar, enfim. Além disso, eles me prendem em cabos e me giram no ar, então, existem muitos desafios nesse trabalho.
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