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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)

A arte do ‘no deal’

Com menos acesso à Casa Branca do que Eduardo Bolsonaro, governo Lula fica na expectativa de novas sanções

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 ago 2025, 14h05

O que estava ruim, piorou. A ladeira abaixo das relações entre Brasil e Estados Unidos ganhou velocidade com a retórica de Donald Trump e Lula da Silva. “O Brasil é um parceiro comercial horrível”, mentiu Trump na quinta-feira (14). “Ele resolveu contar algumas mentiras sobre o Brasil. E nós estamos desmentindo. Ele disse que tinha prejuízo no comércio com o Brasil. Ele só tem lucro (superávit). A gente continua com vontade de negociar, mas o Brasil não vai ficar de joelhos para os Estados Unidos” rebateu Lula, horas depois.

Os dados mostram que Lula tem razão. O Brasil, junto com o Reino Unido e a Austrália, é dos raros países com déficit na balança comercial com os EUA. Nos últimos 15 anos, o saldo pró-EUA é de US$ 410 bilhões. Mas ter razão não significa muito em política internacional.

Hoje o governo brasileiro não tem acesso algum ao governo Trump. Na segunda-feira (11) a Andréia Sadi, da Globonews, Fernando Haddad contou que o secretário do Tesouro, Scott Bessent, tido em Brasília como “o adulto na sala” do governo Trump, cancelou a conversa por Zoom que teriam dois dias depois. Na sexta-feira, um orgulhoso Eduardo Bolsonaro exibiu no X a foto do encontro que teve com Bessent na mesma quarta-feira da agenda de Haddad.

Na terça-feira (12), o Departamento de Estado divulgou um relatório fantasioso acusando o Brasil de desrespeito aos direitos humanos, defendendo os criminosos do 8 de Janeiro e a perseguição a Bolsonaro. No dia seguinte, o secretario Marco Rubio revogou o visto de dois servidores do Ministério da Saúde que coordenaram o projeto Mais Médicos, que trouxe mais de 8 mil profissionais cubanos para trabalharem no país. Hipocrisia pura. É o mesmo projeto que funciona na Itália da primeira-ministra Giorgia Meloni sem que o governo americano se incomode.

Retirar vistos parece apenas uma forma de bullying, mas a agenda do único brasileiro com acesso à Casa Branca, o deputado Eduardo Bolsonaro, é mais ambiciosa. Nas várias entrevistas ao longo da semana, ele previu a inclusão na Lei Magnitsky de todos os ministros do governo Lula, ministros do STF que votarem pela prisão do seu pai, os presidentes da Câmara e do Senado, com uma ameaça de sanção sobre os bancos que mantiverem as contas de todos os punidos.

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“Vou continuar trabalhando até eles (os ministros do STF) entenderem que perderam o poder e encontraram um adversário mais poderoso (os EUA)”, disse Eduardo em uma gravação no Youtube. Eduardo ainda defendeu novas tarifas aos produtos brasileiros. “Então, que seja com o menor sacrifício possível, mas se for necessário, iremos sim sacrificar tudo e queimar toda a floresta”.

Com a proximidade do julgamento de Jair Bolsonaro, é impossível ao governo Lula abrir algum canal de negociação em Washington no curto prazo.

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