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Thomas Traumann

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Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)

As ruas vazias do bolsonarismo

Falta de público mostra que a extrema-direita também está desconectada dos interesses populares

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 30 jun 2025, 10h50

Nada faz mais mal à imagem de Jair Bolsonaro como grande líder popular brasileiro quanto as manifestações de rua tentando provar que ele é o grande líder popular brasileiro. Neste domingo (29), os bolsonaristas promoveram na avenida Paulista, em São Paulo, o menor protesto dos últimos oito anos. Quando o ex-presidente discursou o público era de 12,4 mil, segundo a contagem do Cebrap, digno de um jogo do Mirassol.

Em abril, segundo o mesmo Cebrap, Bolsonaro levou 44,9 mil pessoas à Paulista, num evento em que o ex-presidente prometia juntar 1 milhão. Houve manifestações com pouco público no Rio de Janeiro e Brasília.  No ato do domingo em São Paulo, nem a ex-primeira-dama Michele Bolsonaro apareceu.

O encolhimento das manifestações mostra que a extrema-direita repete o mesmo erro da esquerda, está se desconectando dos interesses populares, a mesma acusação que costumeiramente se faz ao governo do PT. O cidadão comum não está interessado na anistia dos criminosos do 8 de janeiro de 2023 e nem se condói com o julgamento do STF sobre as plataformas sociais. Está preocupado com coisas reais _ segurança pública, custo de vida, saúde _ e não com o mundo imaginário do bolsonarismo de que o país vive uma ‘ditadura judicial’.

Isso não significa que o ex-presidente não seja um líder popular. Ele é, mas apenas quando repete as preocupações reais do seu eleitor, não as suas.

Fragilizado, Bolsonaro disse ontem pela primeira vez que “não precisa ser presidente” para mandar no país, bastando ao eleitor lhe dar metade dos eleitos para a Câmara e Senado. Se a manifestação de domingo ensinou algo, foi que se não mudar o discurso, esse sonho não vai se concretizar.

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