Assine VEJA por R$2,00/semana
Imagem Blog

Thomas Traumann

Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO
Thomas Traumann é jornalista e consultor de risco político. Foi ministro de Comunicação Social e autor dos livros 'O Pior Emprego do Mundo' (sobre ministros da Fazenda) e 'Biografia do Abismo' (sobre polarização política, em parceria com Felipe Nunes)
Continua após publicidade

Haddad, Rui Costa e o dólar a R$ 5,40

Disputa interna de ministros de Lula amplia desconfiança do mercado

Por Thomas Traumann Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 13 jun 2024, 16h25 - Publicado em 13 jun 2024, 16h25

A onda de especulações sobre o desgaste do ministro Fernando Haddad, que fez o dólar chegar a R$ 5,40 nesta semana, tem como pano de fundo a sua disputa com o ministro Rui Costa.

No fim de semana, o presidente Lula ordenou que Haddad mudasse a medida provisória do PIS/Cofins em negociação com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e os presidentes da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Ricardo Alban, e da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária), os dois setores mais afetados pela proposta.

A reunião foi marcada para segunda-feira à tarde. Antes do meio-dia, no entanto, Rui Costa levou o presidente da CNI para uma audiência privada com Lula. Baianos, Rui Costa e Ricardo Alban são amigos desde que o primeiro era governador e o segundo presidente da federação da indústria do Estado. Ao sair do encontro com Lula e Rui Costa, Alban anunciou aos jornalistas que o presidente iria retirar a MP. Embora soubesse da intenção de Lula, Haddad ficou sem argumentos para a reunião da tarde. À noite, com anuência da base do governo, o presidente do Senado anunciou que devolveria parte da MP.

A leitura política geral foi de que o anúncio do presidente da CNI e a devolução da MP comprovam a fragilidade de Haddad junto a Lula. A tese do enfraquecimento de Haddad corroborou a impressão que operadores do mercado financeiro tiveram na semana passada, quando o ministro reconheceu o óbvio: as decisões finais sobre a política fiscal são de Lula.

No mercado financeiro, ministro da Fazenda fraco é o pior dos mundos. Ao longo da semana, o dólar bateu o maior valor em mais de um ano, a bolsa de valores de São Paulo caiu para o pior resultado desde a pandemia e os juros futuros reais se aproximaram do final do governo Dilma. O clima só melhorou nesta quinta-feira, com a declaração de Lula em Genebra de que Haddad é um “ministro extraordinário”. A desconfiança sobre o equilíbrio fiscal das contas do governo, contudo, está longe de terminar. Assim como a disputa entre Haddad e Rui Costa.

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Domine o fato. Confie na fonte.

10 grandes marcas em uma única assinatura digital

MELHOR
OFERTA

Digital Completo
Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 2,00/semana*

ou
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba Veja impressa e tenha acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de R$ 39,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$96, equivalente a R$2 por semana.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.