A denominação pessoal que tirou Camila Pitanga do sério: ‘parditude’
Polêmica começou na participação da atriz em podcast de Mano Brown
Após a repercussão de uma fala de Camila Pitanga no podcast Mano a Mano, de Mano Brown, quando negou ser “mulata” ao questionada pelo rapper, um perfil no X divulgou imagens que seriam suas quando criança, acusando-a ainda de mentir sobre suas origens. “Camila Pitanga e sua mãe quando era bebê. Sim, ela nasceu loira e, por isso, suspeita-se que seu pai biológico seja o ex-marido da mãe. Um francês”, diz a postagem feita pelo perfil Cachoeiro. A publicação chegou a ser compartilhada por Beatriz Bueno, influenciadora que ficou conhecida por ter criado o termo “parditude” – definido por ela como “o primeiro projeto antirracista do Brasil com foco em pautas multirraciais”. Logo depois, ela arquivou o post, dizendo que não encontrou informações que confirmem a “veracidade” da afirmação.
“Se de fato houver alguma inconsistência, considero muito grave quando uma pessoa pública do tamanho da Camila Pitanga, que desde 2016 se afirma como negra, sempre atribuindo essa identidade aos seus pais, confundindo a autodeclaração de milhões de brasileiros pardos com o mesmo fenótipo que o dela”, escreveu ela, acrescentando que achou “por muito tempo” que a filha de Antonio Pitanga fosse parda por ter herdado características de algum avô ou avó, “já que sua mãe tem traços mulatos”.
Os comentários geraram debates nas redes sociais, sendo repudiados por internautas e personalidades, como os escritores Itamar Vieira Junior e Eliana Alves Cruz. “Não há nessas iniciativas nenhuma preocupação com a discussão sobre relações étnico-raciais no país. Não há nestas falas que questionam sua negritude e sua história familiar nada de útil a este debate. O que parece haver é muita maledicência e ego adoecido. Uma foto de infância manipulada por I.A é o suficiente para que prolifere a irresponsabilidade escancarada com a questão da autodeclaração racial no Brasil (…)Em 2025, essa discussão que apenas divide para deleite de quem sempre lucrou com isso, é imoral e indefensável. É a doença do racismo e suas sequelas“, publicou Elaine.
Argentina decide pela extradição de brasileiros condenados por atos golpistas
Marina Silva será homenageada com maior honraria da Alesp
O etarismo sofrido por Irene Ravache no dia a dia
As melhores cidades do Brasil em 2025
Consultoria britânica confirma o Brasil como polo de conhecimento avançado







