Uma bem-sucedida mistura asiática deu em doses superlativas aquilo que o Oscar vem tanto buscando — a diversidade entre os premiados. A ex-bond girl malaia Michelle Yeoh, 60, cravou o seu nome no panteão do cinema ao se tornar a primeira oriental a faturar a láurea de melhor atriz pelo premiadíssimo Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo. “Para todos os meninos e meninas que se parecem comigo, assistindo a mim nesta noite, este é um farol de esperança”, falou em discurso sorridente que contrastou com o do colega de elenco, o vietnamita Ke Huy Quan, 51, que, depois de uma carreira sem grandes papéis, debulhou-se em lágrimas ao se agarrar à estatueta de melhor ator coadjuvante. “Mãe, acabei de ganhar um Oscar. Dizem que histórias assim só acontecem em filmes”, vibrou. E chorou mais um tantinho.
Publicado em VEJA de 22 de março de 2023, edição nº 2833