A ‘experiência sobrenatural’ da mais jovem juíza do país, aos 25 anos
Luísa Militão Vicente Barroso assumiu cargo no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília

Aos 25 anos, Luísa Militão Vicente Barroso faz história ao assumir o cargo de juíza no Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1), em Brasília. Natural de Inhapim (MG), ela se torna a mais jovem juíza federal em atividade no Brasil, segundo dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Antes de conquistar a magistratura, ela foi aprovada para os cargos de promotora de Justiça no Ministério Público da Bahia (MPBA) e defensora pública em Minas Gerais. A jovem iniciou trajetória como juíza federal no TRF1, apenas quatro anos depois de concluir a graduação. No seu perfil no Instagram, ela comentou a experiência que diz ser “milagrosa e sobrenatural”:
“Aprovada em 2º lugar (antes dos títulos) para juíza federal do TRF1. A realização do sonho de uma vida, sonhado comigo pelas pessoas que amo. Quanta honra poder regressar a esse tribunal magnífico, onde tive a alegria de estagiar ainda na graduação, entre 2019 e 2020 – uma das épocas mais felizes de minha vida, que me fez ficar apaixonada pela justiça federal. Uma prova despretensiosa para uma carreira que não tinha como foco (por julgar muito além da minha capacidade). Quase 1 ano e meio de concurso. Minha primeira (e única) prova para a magistratura federal. Mas foi, simplesmente, a minha prova. Deus escolheu com muito carinho e as bênçãos vieram desde a 1ª fase: 10 pontos acima do corte, 7ª melhor nota nas discursivas e 9ª maior nota da sentença cível. Mas como se não for sofrido não é GALO, precisei passar por uma enorme tribulação: a reprovação na sentença criminal. Eu precisava dessa reprovação. Precisava para admitir a mim mesma que a magistratura era o meu grande sonho. Ter chorado pela primeira vez por uma reprovação deixou isso evidente. O dia em que soube do provimento do meu recurso foi um dos dias mais felizes da minha vida. Preciso agradecer eternamente à banca examinadora por essa segunda chance. Minha relação com esse concurso é metafísica e eu não tenho meios de contar todas as experiências milagrosas e sobrenaturais que vivi. Só posso dizer que recebi todos os sinais dos céus de que esse era o meu concurso. E a serenidade que tomou conta de mim durante a prova oral foi a última evidência de que eu precisava. Enfim, nem nos meus melhores sonhos eu ousei imaginar que seria aprovada nas 3 carreiras jurídicas, muito menos aos 25 anos, fechando com chave de ouro esse ciclo. Veio aí a aposentadoria dos concursos”.