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A história pitoresca de Serginho Groisman com o Corinthians

Apresentador do ‘Altas Horas’ fala à coluna sobre a série ‘Sou Corinthians’, que estreia nesta sexta-feira, no Globoplay

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 13 jan 2023, 07h00
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  • Serginho Groisman é um dos entrevistados que dá depoimento à série Sou Corinthians, em quatro episódios, que estreia nesta sexta-feira, 13, no Globoplay. Torcedor fanático do clube, o apresentador do Altas Horas falou com exclusividade com a coluna sobre o projeto da paixão futebolística, que já transmite ao filho, Thomas, de 7 anos, e as novidades do seu programa, que completa 23 anos no ar.

    Que história absurda você viveu com o Corinthians e que vale ser lembrada? Aconteceu em dezembro de 1976. O Corinthians precisava ganhar do Fluminense no Maracanã para ir às finais depois de um longo tempo. Lembro que resolvi ir ao jogo com amigos e fomos de ônibus pela Via Dutra, que parecia uma avenida, de tantos ônibus e carros. Uma noite antes do jogo fui visitar Copacabana, toda tomada por corintianos. No dia da partida, conseguimos uma carona com um carioca, torcedor do Flamengo, que fez questão de nos levar ao estádio. Quando subi para a arquibancada tinham por lá, dizem, uns 70 mil corintianos, dividindo o Maracanã com a torcida do Fluminense. O Corinthians ganhou nos pênaltis e foi incrível. Na volta fiz planos para assistir à final contra o Internacional. Não consegui ir e perdemos o título. Mas essa invasão foi inacreditável, com muita chuva durante o jogo. O Fluminense fez 1 a 0, o Corinthians empatou. Eu estava bem atrás do gol do Corinthians e cada defesa parecia um campeonato ganho. Nunca vou esquecer disso e até agora nunca se repetiu uma invasão desta maneira.

    No episódio de estreia do documentário, você relembra o gol de Basílio no título do Campeonato Paulista de 1977. Qual sua memória sobre aquele dia? Eu estava bem atrás do gol defendido pelo Carlos, goleiro da Ponte Preta. Já era o terceiro jogo da final e eu estive presente em todos eles. O estádio do Morumbi estava muito cheio e veio aquele cruzamento. Sou amigo do Wladimir, o jogador que mais atuou pelo Corinthians até hoje. A bola veio, sobrou para ele depois de bater no travessão que, com a cabeça, mandou para o gol. O zagueiro Oscar tirou em cima da linha e, na volta, o Basílio fez o gol “pé de anjo”. Esse momento inesquecível foi um dos mais legais que vivi com o Corinthians, que estava há quase 22 anos sem conquistas. Lembro de voltar a pé até em casa, morava longe do Morumbi. Foram inacreditáveis naquele dia, o título e o gol.

    Como você transferiu essa paixão no futebol para seu filho? Sempre brinco que o meu filho vai ter total liberdade de ser corintiano. Brincadeiras à parte, ele já entrou em campo com o goleiro Cássio, na final do Campeonato Paulista de 2017. Foi maravilhoso! Ele tem sete anos e ainda está acordando para o futebol. A pandemia fez com que eu parasse de ir aos estádios com ele e ainda não voltamos. Agora que ele entende melhor as coisas, sabe quem é o Corinthians e, aos poucos, está despertando para o futebol.

    Você segue mais um ano à frente do Altas Horas, programa que domina as noites de sábado. O que prepara para 2023? Nesta temporada, o Altas Horas completa 23 anos, vai ser um ano muito forte. Começamos exibindo um programa em homenagem ao Milton Nascimento, que foi incrível, e teremos outro, para a Cássia Eller. Vai ser um ano de muitos musicais, quadros novos. Espero que todos gostem.

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