Vencedor do prêmio Machado de Assis em sua versão 2022, Ruy Castro vai à sede da Academia Brasileira de Letras no próximo dia 11 para receber a maior de todas as honrarias concedidas pela casa – o que inclui uma premiação em dinheiro de 100 000 reais. O clima, no entanto, não estará dos mais leves. Os imortais estão magoadíssimos com o escritor desde sua polêmica entrevista ao Roda Viva, na TV Cultura, na semana passada.
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Ao ser perguntado sobre o que pensa da instituição nos dias de hoje, Ruy afirmou, entre outras coisas, que a ABL “é um lugar onde as pessoas se reúnem para bater papo”, e – essa doeu – “o que faz uma pessoa entrar para a Academia não é o mérito literário”. Não é nova a ideia de que, na hora da votação, as boas relações com os acadêmicos são muito mais importantes do que a excelência da obra do candidato a uma vaga.
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Mas o fato de ter sido Ruy quem falou isso, sem o menor constrangimento – logo ele, que vai receber o prêmio máximo da casa no dia da posse da nova diretora; logo ele, que tinha o caminho totalmente aberto para se candidatar a uma cadeira na Academia – irritou o pessoal. “Ele foi, no mínimo, deselegante e impertinente”, diz a VEJA um dos imortais. “Se a escolha do vencedor do Prêmio Machado de Assis fosse agora, Ruy estaria fora do páreo”, afirma.