Luiz Marinho, ministro do Trabalho e Emprego, afirmou que a empresa Uber seria facilmente substituída no Brasil, caso houvesse a decisão de abandonar o mercado interno. A empresa de transporte está no grupo criado pelo governo para regular a atividade de entregadores e motoristas via aplicativos. “O Uber não vai sair do Brasil. O número um é o Brasil no seu mercado. Agora, caso queira sair, o problema é só do Uber, porque outras concorrentes ocupam esse espaço, como é um mercado normal. E eu provoquei o Correios para que se estudasse, deveria se estudar, montar um aplicativo para colocar de forma mais humana para os trabalhadores que desejassem usar o aplicativo dos Correios, para poder trabalhar sem a neura do lucro dos capitalistas, que é o que acontece com o Uber e IFood”, disse o ministro nesta terça-feira, 3, em audiência na Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara.
As tentativas de regulamentação das plataformas acontecem desde maio em Brasília, com encontros entre representantes de trabalhadores e dos aplicativos. Em setembro, o Uber foi condenado pelo TRT-2 (Tribunal Regional do Trabalho da 2ª região) em primeira instância a pagar uma indenização de 1 bilhão de reais e a contratar formalmente todos os motoristas vinculados ao aplicativo. Na ocasião, a empresa informou que iria recorrer e que “não vai adotar nenhuma das medidas elencadas na sentença antes que todos os recursos cabíveis sejam esgotados”.