A resposta afiada de Edmar Bacha para tributação de prêmios de atletas
Economista e membro da ABL questiona o tratamento dado a outras premiações
O economista Edmar Bacha, um dos responsáveis pela elaboração e aprovação do Plano Real, em 1994, diz manter uma relação com a moeda da mesma forma que todos os brasileiros: “tudo contadinho”. Ao longo das últimas três décadas, ele, Gustavo Franco e Pedro Malan escreveram uma série de crônicas, reunidas agora na obra 30 anos do Real: Crônicas no Calor do Momento (ed. Intrínseca). Em conversa com a coluna GENTE, Bacha, membro da Academia Brasileira de Letras (ABL), dá sua opinião bem sincera sobre a tributação de prêmios olímpicos.
Como o senhor administra o seu dinheiro? Tudo bem contadinho, cada centavo, cada centavo não, cada real (risos).
O senhor tem ciúmes da invenção do Real? Não, tudo bem, ainda bem que que não está mais sobre as minhas asas.
O que pensa da situação do Real atualmente? Estou achando muito boa, quer dizer, trinta anos, né? E com perspectiva de durar indefinidamente. Não pelas mudanças, mas passou no teste do Lula, da Dilma, do Temer, passou no teste do Bolsonaro… Está passando o teste do Lula de novo. E a gente só ficou oito anos no governo.
É a favor da tributação dos prêmios de atletas no exterior? Por que (liberar para) eles especificamente? E não quem ganha o Prêmio Jabuti, para falar de literatura, já que eu sou da ABL? Como fica?
É a favor ou não? Não, eu acho que, já que é para promover o esporte, tem que promover na base, não no topo.