A coluna, que acompanhou de perto os bastidores de Terra e Paixão, destaca os doze pontos altos e baixos da trama que chega ao fim na próxima sexta-feira, 19, quando será substituída por Renascer.
OS DESTAQUES:
– Tatá Werneck, conhecida pela veia cômica, soube segurar bem as cenas dramáticas de Anely. Se até a metade da trama era apenas uma jovem boba que fazia as vezes de stripper para a câmera atrás de Pix, depois se mostrou mais desenvolta e segura na dobradinha com a também ótima Debora Falabella (Lucinda).
– Tony Ramos interpretou Antonio La Selva com bons momentos, um vilão que entra para a sua galeria de personagens inesquecíveis. Ainda que a dobradinha com Gloria Pires (Irene) tenha sido mal aproveitada, a novela foi dominada por ele.
– A torcida pelo casal gay Ramiro e Kelvin, formado pelos atores Amaury Lorenzo e Diego Martins, foi outro destaque da novela. Ainda assim vale ressaltar que o beijo gay demorou demais para ir ao ar, sob pressão dos telespectadores que queriam a cena há meses.
– Rafael Vitti (Hélio) mostrou que já deixou de ser promessa de bom ator na emissora, exerceu com vigor seu papel.
– A direção da novela fez um acerto com planos abertos, aproveitando as imagens externas do Centro-Oeste, tal como a escolha por um cenário além do eixo Rio-SP. O agro nunca esteve tão pop na tela da emissora.
– A coluna também destaca a atuação de Leandro Lima (delegado Marino), Eliane Giardini (Agatha) e Paulo Lessa (Jonatas).
AS DECEPÇÕES:
– Sem química, o casal Caio e Aline, formado por Cauã Reymond e Barbara Reis, não encantou. Como dito anteriormente, o destaque foi mesmo do romantismo “brutamontes” de Ramiro e Kelvin.
– À exceção de Kelvin, o núcleo do bar da Cândida (Susana Vieira) não teve história bem desenvolvida, deixando vários atores soltos pelos capítulos, sendo pouco ou nada aproveitados. A escola de alfabetização não teve nenhuma importância na história. A primeira parte da novela – com Antonio e Cândida jovens, por exemplo – serviu para que mesmo?
– A entrada de Thelma Guedes para auxiliar o texto final da novela foi um acerto, já que Walcyr Carrasco esgotou todas as suas “cartas” antes de chegar à metade da novela. Mas foi nítido o mudar de rumo de vários personagens – como a aproveitadora Graça (Agatha Moreira), que virou “santa” da noite para o dia.
– O excesso de aparições do italiano chatíssimo feito por Rainer Cadete. Ninguém aguenta mais as tramoias fajutas de Luigi. Aliás, outro personagem que se perdeu foi Odilon. A coluna gostaria de saber: por onde anda Jonathan Azevedo, coitado?
– Cenas de perseguição no meio do mato sem o mínimo de verossimilhança, sempre com Caio (Cauã Reymond) pulando na frente do delegado. Não pode né… E o sequestro de Aline (Barbara Reis) do convento foi sofrível.
– Talentos pouco aproveitados: Igor Angelkorte (Cacá), Leona Cavalli (Gladys), Flavio Bauraqui (Gentil) e o núcleo indígena totalmente à parte da história. Numa novela longuíssima no ar, não há desculpa para falta de tempo a eles. Pena.