Adriana Varejão cria obra para movimento de apoio ao aborto
“A arte sem engajamento perde o sentido, vira coisa de mercado”, diz a artista carioca
Uma das mais valorizadas artistas contemporâneas, a carioca Adriana Varejão, 56 anos, está em plena execução de uma obra que será reproduzida e vendida em série por um movimento de apoio ao aborto. “A arte sem engajamento perde o sentido, vira coisa de mercado”, diz.
Quem vai comercializar as reproduções é a Milhas Pela Vida das Mulheres, startup que presta ajuda financeira a interessadas em pôr fim a uma gravidez indesejada em países onde o aborto é legalizado. Outras 48 artistas — Analu Prestes, Maria Lynch e a fotógrafa Bel Pedrosa entre elas — doaram obras para serem vendidas ou reproduzidas, de acordo com a demanda, ao preço fixo de 250 reais. No caso de Varejão, a compra pela rede é restrita a uma cópia por CPF, para evitar o mercado negro e a comercialização em massa.
Publicado em VEJA de 17 de novembro de 2021, edição nº 2764