Mais seis desfiles das escolas de samba do Grupo Especial acontecem na noite desta segunda-feira, 20, no Rio de Janeiro. Abrindo as apresentações, Paraíso do Tuiuti apresenta o ‘boi da Cara Preta’ dos carnavalescos Rosa Magalhães e João Vitor. Mogangueiro da Cara Preta vai contar a chegada dos búfalos a Ilha de Marajó, além de levar a Sapucaí toda a riqueza cultural da região do estado do Pará. A rainha de bateria é Mayara Lima. “Ser rainha de bateria para a gente que é passista, musa, que sempre viveu do carnaval é um sonho. Eu estou vivendo um sonho”, disse. Fafá de Belém, estrela no Pará, será uma das participantes do desfile.
Portela é a segunda a entrar na avenida. A maior campeã do carnaval carioca (com 22 títulos) homenageia o próprio centenário. A história da agremiação de Oswaldo Cruz e Madureira será celebrada no enredo O azul que vem do infinito, dos carnavalescos Renato Lage e Márcia Lage. A rainha de bateria é Bianca Monteiro, cria da comunidade, que ocupa o posto desde 2017. Ela vai desfilar com algumas das ex-rainhas da escola: Sheron Menezes, Adriane Galisteu e Luiza Brunet.
Unidos de Vila Isabel é a terceira a desfilar. A agremiação pretende levar para a Sapucaí a poética das festas de cunho religioso que mobilizam a população brasileira com o enredo Nessa festa, eu levo fé, do carnavalesco Paulo Barros “A gente decidiu escolher um enredo que celebrasse essa alegria, essa religiosidade, a partir dessas festas e para festejar mesmo”, disse Paulo a VEJA. Sabrina Sato é rainha de bateria da escola.
Imperatriz Leopoldinense é a quarta escola a desfilar com o enredo O aperreio do cabra que o Excomungado tratou com má-querença e o Santíssimo não deu guarida, inspirado em cordéis sobre o cangaceiro Lampião, do carnavalesco Leandro Vieira. Em conversa com VEJA, Leandro explicou a relação política do tema. “Quando se escolhe um enredo sobre Lampião, está fazendo política. Quando escolhe enredo que trata de um pedaço do Nordeste, está fazendo política. Quando olha para a cultura popular e a valoriza, está fazendo política”. Maria Mariá é a rainha de bateria da escola.
Beija-Flor de Nilópolis é a quinta a desfilar com o enredo Brava gente! O grito dos excluídos no bicentenário da Independência. O tema dos carnavalescos Alexandre Louzada e André Rodrigues busca fazer uma provocação sobre a data da Independência do Brasil. A cantora Ludmilla vai cantar no carro de som da agremiação ao lado de Neguinho da Beija-flor. E Lorena Raíssa, com apenas 15 anos, é a rainha de bateria da azul e branco.
Unidos do Viradouro é a última a desfilar no Grupo Especial de 2023. A escola vai contar a vida e obra de Rosa Maria Egipcíaca, ou Rosa Courana, considerada a primeira mulher negra a escrever um livro no país. O enredo é do carnavalesco Tarcísio Zanon. “É realmente um resgate histórico”, diz Erika Januza, que desfila pela segunda vez como rainha de bateria.
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