Fátima Bernardes, 59 anos, concedeu uma entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, na noite desta segunda-feira, 25. Foi a primeira aparição de Fátima desde que deixou o comando do Encontro no dia 1º de junho. Tudo com autorização da TV Globo. Leia a seguir os melhores momentos da sabatina com a apresentadora.
VIDA EXPOSTA
“Tenho uma filha que não gosta de rede social. O outro filho tem uns três anos que não posta nada, ou até mais… A gente tem que se divertir… Eu entrei no programa Encontro com 25 anos de televisão. Eu me casei com um colega de trabalho. não conseguia engravidar, quando consegui, foram trigêmeos. Não havia as redes sociais como são hoje, mas havia muita revista de celebridades, de entretenimento. Eu estava toda semana nelas”.
COBRANÇA PELA PRESENÇA NA TV
“A cobrança em relação à presença sim (me irrita). Eu ficava um pouco chateada. Eu fiquei quatro meses e meio fora do ar, foi uma gravidez de risco. A partir dos cinco meses e meio fiquei em casa. Ficava direito deitada. Mas sempre tive um comprometimento muito grande no trabalho. E no fundo, no fundo, as pessoas querem que eu esteja ali (no ar). Então é uma forma de carinho”.
SEPARAÇÃO DE BONNER
“Pra quem trabalha com jornalismo com entretenimento, não tem fofoca. Eu divido tudo com as pessoas. Não consigo esconder nada de ninguém, a gente é jornalista, sabe disso. Eu prefiro falar, é melhor. Na nossa separação, eu e William fizemos juntos uma declaração e ninguém nunca mais perguntou, falamos claramente e tudo bem. Ninguém nunca mais perguntou!”
GAROTA DA COPA
“Sentia uma surpresa dos próprios jogadores. Eu não era repórter que cobria esporte. Você sente uma estranheza, tinha até um olhar dos colegas jornalistas. Ouvi de um colega repórter quem fazia minha mala, quem tinha que escolher minha roupa. É realmente, não você não sabe como funciona a TV Globo”.
PRIMEIRA VEZ COM TÚLIO GADÊLHA
“Eu fui fotografada no dia 1 de novembro, véspera de feriado, num cinema que estava sempre. A gente ia sair pela primeira vez naquela quinta-feira. Foi o primeiro dia que fomos fotografados. A gente foi ao cinema e depois foi jantar num local super discreto. Ele foi ao banheiro e abri o telefone. Tinha uma foto nossa. ‘Meu Deus do céu, a vida dele vai virar’. Ele nem era deputado. Era 2017 isso! Quando ele voltou, falei: ‘Eu tenho que te falar uma coisa’. Aí mostrei a foto. Quando ele foi a Recife, me disse que não podia nem mais comer na praça de alimentação do shopping! Nem minha mãe acreditou que aquela era nossa primeira vez.”
AMOR NA PONTE AÉREA
“A gente está junto sempre que possível, não faz diferença na nossa vida morar junto ou não. Se ele vem uma semana, eu vou na outra para Recife (PE). Quando eu vou pra Brasília, ele descansa. Quando ele vem, eu descanso. A gente tenta fazer uma escala que não fique sofrida para ninguém. A gente está junto a maior parte do tempo possível. Somos super comprometidos e tranquilos em relação a isso”.
TOUR EM BRASÍLIA
“Eu não vou para ambientes políticos, vou para loja de decoração, vou ao cinema… Mas já fui de bicicleta no Eixão (risos)”.
POLARIZAÇÃO
“Isso (polarização) faz com que eu não tenha saudade dessa vivência diária. Tenho compaixão pelos colegas do JN, e por todas as pessoas que estão nas ruas. É uma atividade mais necessária do que qualquer outro momento, não está fácil. Não tenho coceirinha de estar cobrindo neste momento, não.”
POSICIONAMENTO POLÍTICO
“Eu já dou. Não preciso falar em quem vou votar para deputado, senador… Uma moça jovem me perguntou na fila uma vez: ‘Não tive tempo para ver em quem votar. Em quem você vai?’. Fiquei muito triste em ouvir aquilo. Obviamente eu não falei. De alguma maneira, até por questões de jornalista, não preciso declarar publicamente meu voto para terem uma certeza do que eu penso. Escolho políticos que tenham as bandeiras do Encontro, causas da mulher, do jovem e principalmente da diversidade”.
ENVELHECIMENTO
“Entrei na menopausa bem tarde, aos 52 anos. Não percebi grande mudança física minha naquele momento, não. Tem quem encare isso como fim da vida, final da vida reprodutiva. Eu nunca tive isso associado neste sentido. Fiz reposição, foi muito bom, mas cada uma tem que conversar com seu médico para saber se é válido. Isso no homem é menos descarado.”