Carnaval ‘não combina’ com a direita, diz Erika Hilton

Estrela na comissão de frente da Paraíso do Tuiuti, segunda escola a desfilar nesta terça-feira, 4, no Carnaval do Rio, a deputada federal Erika Hilton (PSOL/SP) vai representar na avenida Xica Manicongo, a primeira travesti documentada do Brasil. Primeira mulher trans eleita no estado de São Paulo, o mais populoso do país, ela celebrou a importância de abordar essa pauta na Sapucaí e disse que a folia não é lugar para políticos de direita.

“É uma alegria imensa trazer na história, no corpo, a Xica Manicongo. É uma abridora de caminhos para que nós pudéssemos passar. O seu registro na história simboliza a nossa presença desde sempre na sociedade e o quanto nós sempre estivemos lutando contra o ódio, contra a intolerância e contra o preconceito”, destacou.

Para ela, a defesa dos direitos LGBTQIA+ não está entre os assuntos de maior compromisso de políticos à direita.

“Você não vê a direita comprometida com combater o racismo, a violência contra as mulheres, a intolerância religiosa, a dignidade da comunidade LGBTQIA+. No Congresso Nacional eles trabalham todos os dias pra continuar mantendo a gente aprisionada nos piores lugares sociais. Essa festa não é deles, não é pra eles. Por isso que eles não estão aqui em sua grande maioria. Esse lugar não combina com ele. Esse é o lugar da alegria. E a direita representa o ódio e a tristeza”, concluiu.

• Carnaval
• Carnaval - Rio de Janeiro
• Direita
• Erika Hilton
• Marquês de Sapucaí