Alguns colégios de elite de São Paulo sugeriram que alunos que viajaram durante o Carnaval adotem duas medidas: ficar quinze dias de quarentena em casa ou fazer exames para provar que não foram afetados pelo coronavírus. Essas ações, aliás, têm sido endossada por parte dos pais em grupos de WhatsApp, preocupados com o risco de contaminação. Entre os colégios, aparecem o Avenues e o Saint Paul’s, cujas mensalidades ultrapassam 8 000 reais.
As mães de alunos que viajaram estão enfurecidas. Como essas crianças e adolescentes em questão não apresentam sintomas, seus pais precisam fazer o exames em laboratórios particulares. Ficar duas semanas longe da sala de aula não é uma opção para as famílias.
Por comunicado, o St. Paul’s afirma: “A escola St. Paul’s informa que está seguindo as orientações das autoridades nacionais e internacionais de saúde para garantir à sua comunidade escolar o acesso a informações precisas sobre os cuidados no enfrentamento do coronavírus. Além disso, por se tratar de uma escola internacional, a St. Paul’s vem aconselhando alunos e colaboradores que tenham viajado nos últimos dias para países com casos confirmados da doença que procurem assistência médica.”
A Avenues também enviou nota: “A saúde e o bem-estar de nossos alunos, pais e colegas é nossa maior prioridade. Estamos monitorando de perto as recomendações das autoridades sanitárias internacionais, nacionais e locais em cada um dos nossos câmpus para garantir a segurança da nossa comunidade. Nossos planejamentos e decisões têm como base essas e outras fontes confiáveis. Em São Paulo, estamos seguindo todas as orientações do Ministério da Saúde, além de recomendar uma quarentena de catorze dias dependendo de onde as famílias estiveram durante o feriado de Carnaval. Essa decisão foi tomada por precaução. Apenas algumas famílias foram afetadas com base no histórico recente de viagens e estão recebendo suporte individual.“
A recomendação da quarentena a estudantes sem sintomas contraria orientação do Ministério da Saúde e foi criticada pelo ministro Luiz Henrique Mandetta.