Um dia depois de criticar o filme Como se Tornar o Pior Aluno da Escola e afirmar no Twitter ter pedido que o Ministério da Justiça adotasse as providências cabíveis sobre o caso, o ministro Anderson Torres determinou a remoção do longa-metragem do catálogo da Netflix.
O despacho foi publicado nesta terça, 15, no Diário Oficial e obriga que a plataforma de streaming pague multa de 50 mil reais se não interromper a disponibilização da obra em até cinco dias.
Assinado pela diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor, Lilian Brandão, o documento defende que a retirada da exibição e oferta da produção visa “a necessária proteção à criança e ao adolescente consumerista”.
Na tarde de segunda, 14, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, escreveu:
“Recebemos inúmeras mensagens com manifestações de indignação com as cenas do filme “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola”, que foi produzido no ano de 2017. Informo que já na data de 12/3 (sábado), determinei a Secretaria dos Direitos da Criança e do Adolescente e também a Ouvidoria Nacional de Direitos Humanos que apurem os fatos e tomem as providências cabíveis”.
Inspirado em um livro do comediante Danilo Gentili, o filme causou alvoroço ao exibir uma cena que sugere sexo entre o personagem vivido pelo humorista Fábio Porchat e dois alunos adolescentes.
Nas redes sociais, Gentili disse que “o maior orgulho que tenho na minha carreira é que consegui desagradar com a mesma intensidade tanto petista quanto bolsonarista”. Já Porchat afirmou que “quando o vilão faz coisas horríveis no filme, isso não é apologia ou incentivo àquilo que ele pratica, isso é o mundo perverso daquele personagem sendo revelado”.
Agora, é aguardar para saber quais serão as próximas cenas deste que é mais round ideológico entre evangélicos e humoristas.