Fernanda Torres surpreende mãe e surge com seguranças em estreia de filme

Em noite de pré-estreia para convidados na Cidade das Artes, no Rio, Fernanda Montenegro foi ovacionada de pé por Vitória, seu novo filme. “Vocês são família de opção. Nós que estamos no filme, como artistas, criadores, e vocês como a nossa família de opção, que vieram dar o apoio e a presença. E sinceramente acho que vai ter muito aplauso no final”, disse a veterana atriz para a multidão que aguardava sua nova obra.

A grande surpresa desta quarta-feira, 12, entretanto, foi a aparição relâmpago de Fernanda Torres, que esperou as luzes se apagarem para chegar à sala de projeção. Mulher de Andrucha Waddington, diretor do longa, Fernanda tinha várias razões para dar uma pausa nas férias após a maratona exigida pelo Oscar com Ainda estou aqui. Com quatro seguranças, sendo dois ao seu lado e outros dois no segundo andar da sala, Fernandinha também foi aplaudida quando alguém gritou seu nome ainda antes do filme começar. O momento fofura veio ao final, quando ainda subiam os créditos da produção. Um abraço apertado de ambas.

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No tapete vermelho, Andrucha explicou como foi filmar com Fernandona. “Ela realmente é uma força da natureza, ela é uma senhora… Tinha acabado de fazer 93 anos e foi impressionante o que ela entregou. Aparece em quase 100% das cenas. A gente fez uma estrutura de produção de planejamento de filmagem para dar conforto a ela. Ela se maquiava em casa, chegava com tudo pronto para filmar, para poder otimizar o tempo e não desgastar ela”.

Sobre os bastidores do Oscar, em que acompanhou a mulher em Los Angeles, o diretor assim contou: “Foi lindo. Essa trajetória do Ainda Estou Aqui, da Fernanda e de todo o elenco, de toda a equipe que festejou, foi muito lindo. O filme reabriu, em um momento pós-pandêmico, uma relação forte com o público brasileiro e reconquistou uma plateia internacional muito grande. É um Oscar lindo, primeiro do Brasil. E foi realmente emocionante. Estava ali de companheiro”.

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O filme começou a ser dirigido por Breno Silveira, que morreu durante a produção. Andrucha assumiu o projeto. “É difícil. Esse projeto é… no dia que o Breno (Silveira) se foi, encontrei com a Paula (mulher dele) a noite e ela me perguntou: ‘Você termina o filme?’. Ela me deu essa missão. Paramos as gravações por quatro meses, voltamos depois a ler. Esse filme é dedicado ao Breno e a Dona Joana (personagem que inspirou o trabalho de Fernanda Montenegro), que nos deixou dois meses depois das filmagens”.

Vitória é a história de uma senhora solitária, aflita com a violência que passa a tomar conta da sua vizinhança. Assim, começa a filmar as cenas cotidianas do morro da janela de seu apartamento. A idosa registra a movimentação de traficantes de drogas da região durante meses, com a intenção de cooperar com o trabalho da polícia. A atitude consegue chamar a atenção de um jornalista, com quem faz amizade e tenta ajudá-la nessa missão.

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