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Cultura

Filme inspirado em Maria Alcina começa a ser rodado no interior de Minas

Dirigido por Elizabete Martins Campos, de 'My Name is Now, Elza Soares' (2014)

Por Giovanna Fraguito 12 ago 2025, 13h00

Com mais de 50 anos de carreira, a cantora Maria Alcina, vem sendo pesquisada e filmada, desde 2019, pela diretora e jornalista Elizabete Martins Campos, que assina seu segundo filme sobre ícones femininos da música nacional. O primeiro foi o premiado My Name is Now, Elza Soares (2014), que venceu a categoria de Melhor Longa-Metragem Documentário – Júri Popular e Melhor Trilha Sonora Original – Júri Oficial, no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro, em 2019. Alegria Brasil começa a ser rodado a partir de quarta-feira, 13, em Cataguases, Minas Gerais, onde nasceu Maria Alcina. O longa é um ensaio fílmico sobre a identidade brasileira, inspirado na vida e obra da cantora, que combina documentário e cinema expandido, com instalações artísticas e experiências interativas. A trilha sonora contará com cerca de 35 músicas, entre composições inéditas feitas para o projeto e grandes clássicos da MPB. Entre os nomes estão Ary Barroso e João Bosco, ambos da Zona da Mata Mineira, além de Chico Buarque, Sergio Bardotti, Luis Bacalov — cujas composições são interpretadas pela primeira vez por Maria Alcina. A trilha também inclui obras de Caetano Veloso, Luiz Gonzaga, Aldir Blanc, Neguinho da Beija-Flor, Zeca Baleiro, entre outros.

“É incrível ver como Cataguases respira arte. É uma extensão da vida das pessoas. E é neste lugar que nasce Maria Alcina, que teve suas primeiras experiências artísticas, muito cedo e, que experiências, porque a cidade sempre foi muito pulsante nas artes. Para mim, no longa, Alcina representa o povo brasileiro, por tudo que ela traz impregnada de signos da nossa identidade, em vários sentidos, como a própria música brasileira. No longa, Alcina volta à sua cidade, ela não sabe muito bem se está em um sonho, realidade ou filme. O universo e tom é musical, dançante, poético, fantástico, onírico, alegre e experimental. Para mim, é uma honra filmar com a Maria Alcina, que vejo como uma vanguardista das performances brasileiras, uma mulher mineira, de muita coragem e ousadia”, diz Elizabete.