Gabriela Prioli diz por que não quer Bolsonaro em seu programa na CNN
Em entrevista a VEJA, ela fala de ‘À Prioli’, que estreia nova temporada no sábado, 3
Gabriela Prioli, 36 anos, grávida de sua primeira filha, está animada com a terceira temporada de À Prioli, que estreia terceira temporada na CNN Brasil neste sábado, 3. A advogada criminalista, que ficou conhecida nacionalmente por ter integrado o quadro O Grande Debate, do telejornal CNN Novo Dia, conversa com a coluna sobre o novo desafio e explica por que não convidaria o presidente Bolsonaro (PL) para o programa.
Que cuidados com a gravidez você está tomando por estrear a terceira temporada do programa na TV? Eu ainda não estou na reta final. Acabei de chegar na metade, mas os cuidados são os básicos: como bem, me hidrato com regularidade, tomo meus suplementos, durmo e faço exercícios. Minha gravidez tem sido muito tranquila e gravar a terceira temporada do À Prioli, grávida, foi uma delícia.
Por que escolheu entre os padrinhos da sua filha, nomes como Anitta e Leandro Karnal? Anitta e Karnal são amigos queridos. São muito diferentes, mas os traços que os assemelham foram os determinantes para a escolha: são pessoas honestas, trabalhadoras, inteligentes e generosas. São exemplos que eu quero para minha filha e eu tenho certeza que ela será apaixonada pelos padrinhos, como somos eu e Thiago.
O desafio de ser apresentadora na TV é diferente do que vinha fazendo na internet? A minha trajetória na comunicação se desenvolveu na TV e na internet paralelamente. Eu já apresento um programa solo de entrevistas há mais de um ano e, durante esse período, continuei o trabalho nas redes. Embora tenham as suas particularidades, são trabalhos similares, ambos têm como objetivo primeiro difundir mensagens que eu considero relevantes numa plataforma leve.
Teme os haters? Não, porque tenho convicção sobre aquilo que comunico e trabalho sem a pretensão, inatingível, de agradar a todos.
Sua trajetória é acompanhada da pauta do direito das mulheres. De que forma saber que está grávida de uma menina te impulsiona a intensificar esta luta? Estar grávida de uma menina me fortalece na luta por um mundo que não pressione as mulheres por uma existência pequena. Somos conformadas a espaços apertados desde que nascemos e é difícil romper esses limites. Quero que todas as mulheres, dentre elas a minha filha, possam viver tendo diante de si horizontes ampliados.
Tem vontade de entrevistar o Bolsonaro em seu programa? Por quê? Não. Primeiro porque ele não tem nada a ver com o À Prioli. Não o considero uma pessoa suficientemente interessante para a entrevista. Depois, não acho oportuno abrir espaço para quem ataca abertamente a democracia.
Se pudesse fazer apenas uma pergunta para ele e ao Lula, qual seria? Impossível formular apenas uma questão! Os problemas a serem enfrentados no Brasil são urgentes e complexos. Posso, entretanto, sugerir temas importantes: a defesa da democracia, a desigualdade, o racismo persistente, a violência que atinge de forma particularmente grave os grupos minoritários e minorizados, o desafio climático (notadamente a proteção da Amazônia e do Cerrado), a inflação que voltou a ameaçar os brasileiros, entre muitos outros.