Haveria espaço para as paquitas em 2024? As veteranas opinam
Ex-companheiras de palco de Xuxa sugerem sobre como seria a geração da década atual
Muitas meninas da década de 1980 cresceram com o sonho de se tornar paquita. As jovens que acompanhavam a Xuxa todas as manhãs encantavam as fãs, que ansiavam pelos cabelos loiros e o corpo esbelto. Após mais de vinte anos, com o lançamento do documentário Pra Sempre Paquitas, do Globoplay, surge a curiosidade de como seriam as paquitas quarenta anos depois. Em conversa com a coluna GENTE, algumas ex-paquitas falam sobre a hipótese de uma nova geração. O tema divide opiniões.
“Acho que seria possível, mas com mudanças, como a inclusão de paquitas com corpos mais diferenciados, paquitas negras, asiáticas e sem essa cobrança de um estereótipo que havia lá atrás. Cada uma dentro da sua realidade”, opina Priscilla Couto, 46 anos.
A diversidade também é abordada por Andrea Veiga, 55, a primeira paquita a acompanhar Xuxa: “Acho que os padrões mudaram muito. Teríamos que ter uma paquita negra, uma mais fofinha e uma paquita trans. Tudo mudou”.
A ex-paquita e produtora da série, Ana Paula Guimarães, 51, ressalta que hoje seria inconcebível uma geração só de loiras. “Infelizmente, a gente viveu uma época politicamente incorreta, mas que bom que hoje, com essa maturidade, a gente pode ressignificar o passado, e jamais teria um grupo como aquele, seria alvo de críticas”.
Já Stephanie Lourenço, 36, não consegue imaginar a existência de uma nova leva de paquitas. “Não consigo contextualizar um grupo nos dias de hoje. Isso tem muito a cara daquela época. A gente era muito novinha para trabalhar, mas nossos pais não queriam acabar com o nosso sonho”.