Uma das chefs mais premiadas do país, Helena Rizzo virou alvo de críticas após postar uma foto ao lado de sua equipe de cozinha mostrando o dedo do meio seguida da #elenão. Recebeu centenas de críticas. As mais educadas diziam que, mesmo que quisesse se posicionar contra o presidenciável Jair Bolsonaro, a imagem teria sido grosseira com os apoiadores do político. Algumas pessoas subiram o tom ao pedir o boicote de seus restaurantes Maní e Manioca, ambos em São Paulo. “Vai vender marmita na Venezuela”, escreveram muitos. Helena apagou o post de sua conta no Instagram.
Mas não foi suficiente para acalmar os ânimos. O episódio foi seguido de uma série de fotos da fachada de seus estabelecimentos vazios, o que seria uma forma de comprovar a adesão ao boicote pedido em rede social. Na sexta, um novo capítulo da trincheira virtual: circulou em grupos de WhatApp um vídeo gravado dentro do Manioca com as mesas completamente vazias. A cena foi registrada, acredita-se, por um funcionário da casa logo após o salão abrir.
A reportagem de VEJA esteve neste sábado (13) no Manioca para conferir a situação. Às 12h50, todas as mesas do salão principal estavam lotadas. As mesas da espera e do balcão, ambos na entrada, estavam com espaços vagos. Às 14h, o restaurante tinha todos os seus 120 assentos ocupados. Há um clima de apreensão entre os funcionários, assustados com a repercussão do episódio. Eles foram orientados a não comentar o assunto com os clientes.
Ideologias políticas de lado, a comida segue impecável e faz jus aos prêmios recebidos por Helena Rizzo. O filé ao molho de presunto serrano, gratin de batatas e rúcula selvagem (72 reais) veio com a carne derretendo na boca.