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Identificado autor de ameaças contra escritor de livro sobre padres gays

Exclusivo: Brendo Firmino da Silva diz ter sido negligenciado pelo Ministério Público de São Paulo, que arquivou o caso

Por Valmir Moratelli Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Giovanna Fraguito Atualizado em 23 out 2025, 22h40 - Publicado em 23 out 2025, 10h00

Brendo Firmino da Silva, autor do livro A Vida Secreta dos Padres Gays (ed. Matrix), se sente negligenciado pelo Ministério Público de São Paulo (MP-SP) após o arquivamento parcial do inquérito que investigava ameaças de morte, tortura e sequestro sofridas por ele em razão do lançamento da obra. Em abril, Bredo foi entrevistado no programa semanal da coluna GENTE, no qual falou detalhes sobre o conteúdo da obra.

Leia também: Ex-seminarista revela rotina de padres gays, fala de assédio e de ameaças

Segundo o autor, as ameaças foram enviadas durante vários dias consecutivos pelo mesmo perfil e por diversas redes sociais, em tom violento e homofóbico, levando-o a registrar boletim de ocorrência. De acordo com documento obtido pela coluna, o autor das ameaças foi identificado em investigação policial como sendo Sérgio Lamego Nepomuceno, que confessou o crime e admitiu que agiu por “indignação com o conteúdo do livro”, afirmando ser “católico praticante”.

Apesar da confissão do agressor, o promotor Danilo Keiti Goto, do Grupo Especial de Combate aos Crimes Raciais e de Intolerância (GECRADI), não reconheceu o crime de intolerância e limitou o caso ao artigo 147 do Código Penal (ameaça), alegando que “não houve prejuízo à vítima”. Em seu despacho, o promotor ainda registrou que o acusado “rezou pela vítima”.

“É um absurdo que o Ministério Público registre oficialmente que o agressor ‘rezou por mim’, como se isso apagasse as ameaças de tortura e de morte que sofri. Isso não é arrependimento, é cinismo. O fato de o acusado ser ‘católico praticante’ não o torna menos violento. Torna o caso ainda mais revelador da intolerância que enfrentei”, afirma Brendo, que considera omissão grave do Estado diante de crimes motivados por ódio e intolerância religiosa.

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Brendo afirma ainda que irá recorrer da decisão e pretende levar o caso a instâncias superiores e organismos de direitos humanos, nacionais e internacionais, denunciando o descaso das autoridades brasileiras com vítimas LGBT+. “Essa decisão mostra que o ódio ainda é tratado com benevolência quando parte de pessoas que se dizem religiosas. O silêncio institucional é cúmplice. O Brasil precisa decidir se vai proteger suas minorias ou continuar lavando as mãos diante da violência”. Procurado pela reportagem, Sérgio disse que reconhece e se arrepende de ter cometido um “delito tipificado”.

 

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