Ativista antirracismo no branquíssimo universo da dança clássica, a carioca Ingrid Silva, primeira-bailarina do Dance Theater of Harlem, em Nova York, vai brilhar em outro palco: será apresentadora, no fim do mês, da noite de gala da BrazilFoundation, um jantar filantrópico anual que já teve como mestre de cerimônias Amy Irving, Fernanda Lima, Cauã Reymond e Marília Gabriela. “Ter uma mulher negra ali vai trazer um toque de inclusão para a festa”, diz Ingrid, 33 anos, que começou a dançar em um projeto social no Morro da Mangueira. A bailarina se tornou símbolo da (falta de) diversidade no balé ao pintar durante anos as sapatilhas com a cor de sua pele. Hoje elas estão expostas no Museu de História e Cultura Afro-Americana do Smithsonian, em Washington.
Publicado em VEJA de 13 de outubro de 2021, edição nº 2759